quarta-feira, 31 de março de 2010

Paralisação dos Professores da rede Estadual de Ensino


Nota:


Companheiros e companheiras,


Manifesto meu total apoio à paralisação dos profissionais da Rede Estadual de Ensino marcada para o dia 31/03.


A categoria reivindica, justa e corretamente, a recomposição das perdas salariais de mais de 60% nos últimos 10 anos – promessa feita em 2006 pelo então candidato a governador Sérgio Cabral.


Reivindica também o descongelamento do Plano de Carreira dos funcionários administrativos e incorporação integral e imediata da gratificação do programa Nova Escola.


Ressalto que enquanto temos em Nova Iguaçu o maior salário do estado para aqueles que ajudam a formar nossas crianças, o salário estadual é um dos piores do Brasil. A mudança deste quadro é uma das propostas que vou defender no programa de governo que o PT, meu partido, discutirá com o governador.


Por fim coloco o meu mandato a disposição das lutas da categoria, inclusive para questionar práticas autoritárias de alguns diretores de escola que ameaçam os profissionais com corte de ponto e exoneração caso participem da paralisação e de greve.


Por uma educação pública, gratuita e de qualidade.


Até a vitória.


Vereador André TAFFAREL

segunda-feira, 29 de março de 2010

LINDBERG SENADOR

O PT revela força e aposta no futuro*

Como era esperado e admitido pelos mais entusiastas apoiadores da candidatura de Benedita da Silva ao senado. o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias, venceu o duelo das prévias do PT e será o candidato do partido a uma das duas vagas em disputa nas eleições de outubro de 2010.

A dúvida que pairava na semana que antecedeu as prévias, era de quanto seria a diferença de votos, já que era clara a vitória de Farias. Certamente, por isso, chegou a circular um boato que o presidente nacional do partido, José Eduardo Dutra, viria ao Rio para convencer Benedidta da Silva a sair da disputa, cuja derrota se desenhava irreversível.

A estimativa era de uma vitória folgada, mas não da forma que acabou ocorrendo, 67,1%(18.546 votos) a 32, 9% (9.090 votos) num universo de supreendentes 27. 636 votantes, quando se imagina a participação de no máximo vinte mil votantes.

Os 41% de votos (cerca de 14.000) que a candidatura do deputado federal Luiz Sérgio a presidente do partido obteve no primeiro turno no processo de eleições diretas do PT (PED), realizado no final do ano passado, onde votarem cerca de 36 mil petistas, que se avaliava ser o patamar inicial de votos de Benedita da Silva nas prévias, já que eram os mesmos setores partidários que apoiavam aquela e esta candidatura, sofreram uma drástica redução. O que pode ser interpretado em parte como migração ou como abstenção de votantes em favor de Lindberg Farias.

Avaliações a parte, o resultado revela a vontade política da militância petista fluminense em favor da unidade partidária, isto é, o cuidado de não excluir setores influentes do partido do processo eleitoral de 2010, após a derrota da tese da candidatura própria do partido ao governo do estado, encarnada por Lindberg Farias e, consequentemente, o apoio do PT à reeleição do governador Sérgio Cabral (PMDB).

A despeito do que registram as pesquisas, principalmente a mais recente realizada pelo Instituto Vox Populi e divulgada com exclusividade por um influente jornal carioca às vésperas da realização das prévias, que posicionam Lindberg Farias como terceiro colocado na disputa, com 16% das intenções de votos, bem atrás do senador Crivela (PRB), 37%, e do ex-prefeito César Maiaé (DEM), 31%, é majoritário o sentimento entre apoiadores e adversários internos de Lindberg, que ele reúne credenciais pessoais, políticas e eleitorais para reconquistar para o PT uma cadeira no senado federal.

Uma cadeira para a qual Benedita da Silva foi eleita em 1994 e renunciou quatro anos depois para assumir a vice-governança do estado, após a eleição de Anthony Garotinho ao governo em 1998, a época filiado ao PDT. A outra cadeira do senado conquistada pelo partido foi em 1999, quando o senador Saturnino Braga, eleito pelo PSB na chapa com Garotinho, se transferiu para o PT.

Mais do que isso, o resultado das prévias do PT se afigura uma aposta no futuro, na renovação e no protagonismo do partido na cena política do Estado do Rio de Janeiro, e a retomada da ousadia política, uma das marcas constituintes do PT, que se perdera ao longo de consecutivas derrotas em disputas majoritárias em terras fluminenses.

Lindberg encarna essa ousadia, que para aqueles tragados pela mesmice política beira a irresponsabilidade, a mesma que conduziu o PT a lançar Lula candidato à Presidência da República, em 1989 e elegê-lo presidente, em 2002, e que já vislumbra a sucessão de Cabral em 2014, desde é claro que ele, o partido e seus aliados façam direitinho o dever de casa em 2010.

Enfim, o partido ganha uma perspectiva de futuro. Vale destcar que a participação de Benedita da Silva nas prévias, sua perseverança em permanecer candidata, mesmo em condições adversas e num contexo político desfavorável, numa disputa que salvo as inevitáveis refregas foi conduzida num ambiente partidário civilizado, deve ser aplaudida e só valoriza uma das marcas que torna o PT único na cena política brasileira, que é a sua democracia interna.

*Artigo publicado no jornal Página 13 que começa a circular hoje em PDF

Resultado da Prévia para o Senado no Rio de Janeiro

Lindberg Farias vence Benedita da Silva com grande diferença de Votos.

Benedita: 9.090 votos - 32,9%

Lindberg: 18.546 votos - 67,1%

Segue o arquivo com a votação da prévia.

Resultado da Prévia para o Senado no Rio de Janeiro

Lindberg é candidato ao Senado

Prefeito de Nova Iguaçu vence as prévias do PT na disputa com a secretária de Assistência Social, Benedita da Silva

POR DIEGO BARRETO

Rio - Lindberg Farias será o candidato do PT ao Senado nas eleições de outubro. O prefeito de Nova Iguaçu venceu a secretária estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Benedita da Silva, nas prévias do partido realizadas ontem.

Foto: Alexandre Vieira  /  Agência O Dia
Lindberg disse que ficou surpreso com a grande diferença de votos | Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia

A vitória de Lindberg foi anunciada pelo presidente do PT no Rio, Luiz Sérgio, por volta das 20h de ontem, quando haviam sido apurados 59,8% do total de votos. Naquele momento da apuração, segundo os dirigentes do PT, Lindberg já havia alcançado a maioria de 68,9% (12.566 votos), inviabilizando uma possível virada de Benedita, que tinha 31,1% (5.661 votos). A última parcial também indicava 42 votos brancos e 30 nulos.

“O resultado foi muito além do esperado. Eu não contava com essa diferença toda porque estava disputando com Benedita da Silva, que é um grande nome. Acredito que a minha vitória reflita uma mudança de ciclo, dando chance ao surgimento de novas lideranças. As pessoas querem um PT altivo, que futuramente tenha um projeto de governo”, afirmou Lindberg, frisando que o PT vai apoiar a reeleição do governador Sérgio Cabral.

Antes de embarcar para Brasília — onde participará hoje do lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC-2) — Lindberg destacou que o PT do Rio sai unido das prévias para a vaga do Senado. “Quando começamos a disputa, havia uma preocupação, mas não houve fissuras na minha relação com a Benedita. Estou esperando o momento certo para ligar para ela, a quem respeito muito. O PT está muito unido. Tenho certeza de que essa vitória nas prévias vai fortalecer minha candidatura”, disse Lindberg.

As prévias do PT aconteceram em todo o Estado do Rio, entre as 8h e 17h de ontem. Benedita foi a primeira a votar, por volta das 9h, no Morro de Chapéu Mangueira. Lindberg votou no Esporte Clube Iguaçuano, em Nova Iguaçu, por volta das 11h.

A contagem de votos teve início no fim da tarde e prosseguiu até o fim da noite. Desde o início da apuração o prefeito de Nova Iguaçu liderou as prévias, abrindo vantagem. Quando a vitória de Lindberg foi anunciada, o presidente do PT, Luiz Sérgio, informou que faltava a contagem de votos de algumas urnas das regiões Norte e Noroeste do estado, que não alterariam o resultado.


Fonte: Jornal O Dia

sábado, 27 de março de 2010

Lindberg Senador é o PT que Vence


Companheiros e companheiras,

está chegando a hora de mais uma luta,

luta essa para a construção democrática dentro do Partido dos Trabalhadores,

onde defendemos o nome de

Lindberg Farias para a disputa ao senado pelo estado do Rio de janeiro.

Contamos com você, pois sabemos que és importante.

Neste domingo te esperamos em uma das nossas sessões

de votação na prévia para o senado,

para votar em Lindberg Farias.


Um grande abraço


Guilherme Monteiro Cerqueira


Articulação de Esquerda

PT - Nova Iguaç- RJ

sexta-feira, 26 de março de 2010

Senado RJ: A ilusão das pesquisas antes da hora

Por Flávio Loureiro

Uma tática inteligente, mas que não é nova e nem original

“Lindberg Farias, no início do ano, quando ainda pleiteava a candidatura ao governo do estado, patinava para a disputa ao senado, no patamar de 4 ou 5 pontos percentuais e há mais de sete meses da eleição alcança a marca dos 16%. Os demais permanecem estaganados, ostentando percentuais dentro do grau de conhecimento que os eleitores fluminenses possuem deles, já que Crivella, Maia e Benedita são personagens antigos e contantes no cenário político e eleitoral fluminense, com muitas disputas majoritárias na bagagem”

O jornal o Dia publica hoje uma pesquisa do Instituto Vox Populi sobre a disputa eleitoral majoritária no Estado do Rio de Janeiro – governo e senado. No caso deste, que será tratado neste artigo, destaca a liderança do senador Marcelo Crivella (PRB), 37%, do ex-prefeito César Maia (DEM) e da secretária estadual Benedita da Silva (PT), ambos com 31%, e mais atrás vem o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT) com 14%. O percentual dos demais postulantes ao senado neste cenário de candidaturas não alcançam os dois dígitos.

Em outro cenário, sem a candidatura de Lindberg Farias. Benedita da Silva ultrapassa César Maia e sobe para 33%, com o ex-prefeito do Rio e Crivella mantendo os mesmos percentuais, e o deputado estadual Jorge Picciane (PMDB) alcançano os dois dígitos, 10%. Já com a retirada da candidatura da secretária estadual de Assitência Social, Farias cresce dois pontos percentuais, 16%, e Picciane passa a 11%.

Como o PT terá que escolher entre Benedita e Lindberg, digamos que os percentuais de cada um até o momento, segundo aferido pela pesquisa, são de respectivamente 33% e 16%. Para os incautos, ou aqueles que estão tomando os seus primeiros contatos com eleições e pesquisas a conclusão óbvia é que a única candidatura petista com chances de vencer a disputa para o senado é a primeira, malgrado a pesquisa registrar o percentual de 25% entre eleitores indecisos e votos nulos e brancos, não apresentar a rejeição de cada candidatura e ser realizada a mais de sete meses da eleição. Ledo engano.

Parece que esta pesquisa, realizada por um instituto de grande credibilidade se comparado a alguns dos seus congêneres, como o Ibope e Datafolha, publicada pelo Jornal O Dia, onde não há na matéria referência de quem a contratou, foi encomendada a tempo de ser divulgada às vésperas da prévia que o PT realizará para definir o seu nome para o senado, no próximo domingo, com claro intuito de influenciar no seu resultado. É uma tática inteligente, mas não é nova e peca no quesito originalidade

Um simples olhar no histórico recente das pesquisas realizadas para a disputa ao senado no Estado do Rio, constata-se que a única candidatura que tal qual a da ministra Dilma Rousseff à Presidência da República – mas sem a mesma exposição pública e sem o mesmo cabo, ou melhor, general eleitoral, o presidente Lula -, que cresce segura e continuamente é a do prefeito Lindberg Farias.

Lindberg Farias, no início do ano, quando pleiteava ainda a candidatura ao governo do estado, patinava no patamar de 4 ou 5 pontos percentuais e há mais de sete meses da eleição alcança a marca dos 16% para a disputa ao senado. Os demais permanecem estaganados ostentando percentuais dentro do grau de conhecimento que os eleitores fluminenses possuem deles, já que Crivella, Maia e Benedita são personagens antigos e contantes no cenário político e eleitoral fluminense, com muitas disputas majoritárias na bagagem. Da mesma forma é o que explica o fato de José Serra liderar por tanto tempo as pesquisas para a disputa presidencial.

Ser mais conhecido, concede tal vantagem em sondagens iniciais. Por outro lado, quando a disputa começa prá valer – e poderíamos aquí enumerar infindáveis exemplos que legitimam tal assertiva – há mais exposição dos seus desgastes, já que mais vulneráveis estão ao fogo cruzado dos seus adversários. Foi assim, por exemplo, que Benedita da Silva (então vice-governadora do estado) não alcançou o segundo turno na eleição para a prefeitura do Rio, em 2000, e, já governadora, foi derrotado no primeiro turno por Rosinha Garotinho, em 2002.

Enfim, inúmeras candidaturas que ao longo de suas trajetórias revelam serem boas de arrancadas, o passado recente revela não serem boas de chegada.

 

Fonte: Blog Página 13

As Pastorais da Juventude do Estado do RJ convidam você para o Lançamento da

CAMPANHA CONTRA VIOLÊNCIA E EXTERMÍNIO DE JOVENS

http://www..pj.org.br/2/src/site/noticia.php?id=1303

PJ

Mesa com Painel e Debate sobre a Violência e o extermínio de jovens

Solange Rodrigues - ISER Assessoria

Marina RibeiroCONJUVE (IBASE)

Ana MarcelaPJE e Equipe Nacional da "Campanha contra a Violência e o Extermínio de Jovens”

Robson Leite - Professor, Petroleiro, Educador Popular e Escritor

Vagner Instituto de Juventude “Um outro mundo é possível”

Sandro Hilário Comissão Nacional de Assessores da Pastoral da Juventude (CNAPJ)

Quando: Sexta-feira - 26/03

Que horas: 16h30min

Onde: Espaço do Centro Cultural da Ação da

Cidadania Contra a Fome

Rua Avenida Barão de Tefé, 75,

Bairro da Saúde, Rio de Janeiro

VEJA O MAPA em http://bit.ly/ cc6FAP

Fórum Social Urbano (FSU)

Rio de Janeiro, Brasil

22 - 26 março de 2010

"Nos bairros e no mundo, em luta pelo direito à cidade, pela democracia e justiça urbanas"

Maiores Informações sobre o FSU

http://forumsocialurbano..wordpress.com/

Sobre a Campanha Contra Violência e o Extermínio de Jovens

http://www.juventudeemmarcha.org/

Pastoral da Juventude RJ

pastoraldajuventudeleste1@gmail.com

quinta-feira, 25 de março de 2010

Carta de apoio à Lindberg Senador

Nova Iguaçu, 24 de março de 2010

Olá companheiros e companheiras,

Estamos chegando há uma fase decisiva dentro do nosso Partido dos Trabalhadores do estado do Rio de Janeiro, onde domingo (28/03/2010) estaremos escolhendo nosso representante para disputar uma das duas cadeiras para o Senado Federal. Na ação de revitalização do Partido dos Trabalhares no estado, onde temos projeto fortalecer o PT em seu conjunto e totalidade com a disputa de Lindberg Farias para o senado, onde não visualizamos nome melhor que o companheiro para nos representar e defender os interesses de nosso estado, além de tudo, será um dos maiores defensores do futuro governo da Presidenta Dilma.

O Companheiro Lindberg representa um sangue novo em nosso partido, desde sua eleição a Deputado Federal em 2002, foi vice-líder da Bancada do PT na câmara dos deputados, em 2004 veio com um grande projeto para o PT, conquistando uma das maiores prefeituras do Estado, Nova Iguaçu, o coração da Baixada Fluminense, fazendo um grande trabalho à frente da prefeitura, em 2008 sendo reeleito no primeiro turno com o dobro de votos de seu adversário.

Realizações de Lindberg em Nova Iguaçu conseguiu trazer a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro para a Baixada Fluminense. Foi o primeiro município a fazer os projetos da o Programa de Aceleração do Crescimento – PAC para drenagem, saneamento e pavimentação, sendo o primeiro município a entregar as obras. Na educação o projeto Bairro Escola, sendo as escolas municipais em quase sua totalidade com horário integral.

Essa candidatura está dando um grande vigor na militância PeTista, onde teremos chances de alcançarmos vôos mais altos em nosso estado daqui a 4 anos, em 2012 teremos uma grande missão de elegermos prefeitos e vereadores de nosso partido em diversos municípios.

Assim sendo podemos construir uma base fortificada para disputarmos um espaço maior em nosso estado, fazendo o PT ser um partido forte, de massas e comprometido com o socialismo.

Precisamos de todos (as) aqueles que crêem que o Futuro depende de nós.

Domingo é o primeiro passo para esse nosso grande desafio, mas contamos com você.

Lindberg Senador é o PT que vence!

Um grande Abraço

Guilherme Monteiro Cerqueira

Articulação de Esquerda

Nova Iguaçu

PT-RJ

quarta-feira, 24 de março de 2010

Lindberg, Senador

Companheiros e companheiras,
No próximo domingo dia 28/03/10, apartir das 9h às 17h, teremos as prévias do PT - RJ para o senado federal e nós militantes da Articulação de Esquerda - Rio de Janeiro, apoiamos e pedimos o seu voto e de seus amigos e amigas no camarada Lindberg Farias Senador!!!

Saudações PeTistas!!!

lindberg

ELEIÇÃO PODE SER DECIDIDA NO 1º TURNO

Não é impossível que a Dilma ganhe no 1º turno, diz diretor do Vox Populi

Diretores dos quatro principais institutos de pesquisa do País veem cenário favorável a Dilma

SÃO PAULO - O crescimento nas pesquisas eleitorais da pré-candidata do PT à Presidência, ministra Dilma Rousseff, ante a estagnação de seu provável adversário, o governador de São Paulo José Serra (PSDB) tem impressionado os diretores dos quatro principais institutos de pesquisa do País. Márcia Cavallari, do Ibope, João Francisco Meira, do Vox Populi, Mauro Paulino, do Datafolha e Ricardo Guedes, do Sensus, estiveram reunidos em São Paulo na tarde desta segunda-feira, 22, para debater o cenário eleitoral, em evento da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisas. O professor Marcus Figueiredo, do Iuperj também esteve no debate, mediado pela jornalista Cristiana Lôbo.

BLOG DO TOLEDO: Diretores de institutos de pesquisa veem Dilma favorita

Meira deu o palpite mais ousado da tarde: "não é impossível imaginar que a Dilma ganhe a eleição já no primeiro turno", afirmou. Segundo ele, quando há candidatos carismáticos, a disputa se concentra mais entre as personalidades desses candidatos. Mas, para ele, nem Dilma nem Serra são carismáticos. ‘Carisma não é o nome dessa eleição’, afirmou.

Ele listou alguns fatores que, na sua avaliação, devem decidir a disputa eleitoral. O primeiro seria a economia: se estiver ruim, a tendência é de mudança - mas a economia é o principal trunfo do governo Lula. Em segundo, o aspecto ideológico - nesse caso, diz ele, 56% das pessoas se definem como sendo de esquerda e 30% como eleitores do PT.

Além disso, ele lembra o tempo de TV como decisivo - e a construção das alianças deve garantir um tempo maior à candidata governista. Por último ele cita algum acidente, debate ou fato inesperado que possa alterar a opinião dos eleitores.

Sua avaliação é parecida com a de Ricardo Guedes, do Sensus. Segundo ele, "Dilma tem produto para mostrar, a economia. O Serra não tem. Hoje a tendência é muito mais pró-Dilma".

Cautela

Já Márcia Cavallari, do Ibope, e Mauro Paulino, do Datafolha, adotaram um pouco mais de cautela em suas exposições, embora tenham admitido cenário favorável à Dilma. Os dois usaram a mesma expressão para definir o caso: "pesquisa é diagnóstico, não prognóstico".

"O comportamento do eleitor não é matemático. A campanha ainda tem muita coisa para acontecer. O que a gente sabe é que o eleitor se sente muito confortável de ter votado no Lula e agora fazer essa avaliação de que acertou. Ele pensa: 'Acertei, e o País está tendo avanços'. O eleitor considera que os avanços foram muito mais profundos no governo Lula. A comparação com o governo FHC é prejudicial para o Serra", afirmou a diretora do Ibope.

De acordo com Márcia, um terço está com Serra, um terço está com Dilma e um terço que vai decidir a eleição. Reservadamente, porém, ela destacou que não só a Dilma está crescendo, como há tendência de queda de Serra, ainda que dentro da margem de erro.

Já Paulino lembrou que na pesquisa Datafolha de dezembro de 2009, 15% dos eleitores não sabiam que a Dilma era a candidata do Lula, mas queriam votar na candidata do Lula. "E o que nós observamos em fevereiro, é que ainda há margem de crescimento para Dilma", afirmou.

Segundo ele, a dúvida é saber se Dilma vai transmitir ao eleitorado que tem a mesma capacidade de administração que o Lula tem."O eleitor vai poder comparar Serra com Dilma, Dilma com Lula".

Paulino ainda defendeu que os institutos divulguem sempre sua base de dados, sua metodologia. "A pesquisa não faz prognóstico, mostra o que acontece naquele dia. Na pesquisa de véspera, [Paulo] Maluf ainda estava na frente da [Luíza] Erundina [na eleição para a prefeitura de São Paulo, em 1988, vencida por Erundina]. Deixar de iludir quem consome pesquisa: a gente faz diagnóstico", afirmou.

Já o professor Marcus Figueiredo, do Instituto Universitário do Rio de Janeiro (Iuperj), também presente ao debate, previu um repeteco de 2002, caso o deputado federal Ciro Gomes (PSB) continue na disputa, com o cearense brigando com Serra. Para Figueiredo, "Serra e Dilma são igualmente antipáticos e igualmente feios. Ideologicamente estão muito próximos. O projeto deverá ser exatamente o mesmo".

Erros em pesquisa

Meira foi questionado também pelo fato de o Vox Populi ter apontado, em 2006, vitória de Paulo Souto (então PFL) no primeiro turno, contra o petista Jaques Wagner, que acabou vencendo as eleições em segundo turno. "Às vezes você erra. Só que você nunca ouve um médico dizendo qual a margem de erro de uma operação de apendicite. O pessoal respondia que queria Paulo Souto, mas já estava pensando em mudar de ideia. Mas eu não estava perguntando para ele se ele queria mudar de ideia", justificou.

Fonte: jornal Estado de São Paulo

Tucanos e mídia desviam recursos públicos

Sem maior alarde, o Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (Denasus) acaba de descobrir que três governos tucanos (São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul), além de um apêndice dos demos (Distrito Federal), desviaram recursos do SUS para o mercado financeiro nos últimos quatro anos. O desfalque serviu para incrementar os programas estaduais de ajuste fiscal, como manda a cartilha neoliberal do “choque de gestão”, em detrimento do atendimento à saúde de uma população estimada em 74,8 milhões de habitantes.

Numa excelente reportagem na revista Carta Capital, o jornalista Leandro Fortes denunciou este esquema criminoso. “Ao todo, o prejuízo gerado aos sistemas de saúde desses estados passa de 6,5 bilhões de reais, sem falar nas conseqüências para os seus usuários, justamente os brasileiros mais pobres”, revela. As auditorias do Denasus, feitas nos 26 estados e no DF, foram iniciadas em março de 2009 e entregues ao ministro da Saúde, José Gomes Temporão, em janeiro último. A intenção era saber quanto cada estado recebeu do SUS e o que fez com os recursos federais.

Ética do PPS foi para o esgoto

O primeiro caso de desvio foi descoberto no Distrito Federal. O ex-secretário da Saúde, Augusto Carvalho, expoente do PPS que se jactava de paladino da ética, “aplicou tudo em Certificados de Depósitos Bancários (CDBs). Em março do ano passado, a aplicação somava 238,4 milhões de reais. Parte do dinheiro, segundo investiga o Ministério Público Federal, pode ter sido usada no megaesquema de corrupção que resultou no afastamento e na prisão do governador José Roberto Arruda”. Será difícil o partido de Augusto Carvalho e Roberto Freire voltar a falar em ética.

Já nos governos tucanos de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, os auditores tiveram dificuldades para vasculhar as suas contas. Badalados pela mídia como “gestores modernos”, que zelam pela “transparência nas contas púbicas” eles fizeram de tudo para sabotar a investigação. O Denasus precisou recorrer ao Ministério Público Federal para descobrir que a governadora Yeda Crusius, entrincheirada na sua mansão sob suspeita de corrupção, reteve 164,7 milhões de recursos do SUS em aplicações financeiras até junho de 2009. Afetado atualmente por um surto de dengue, o estado aplicou apenas 0,29% dos seus recursos na vigilância sanitária. Um crime!

Discurso de Serra desmontado

“Com exceção do DF, a maior parte do recurso retido em São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul diz respeito às áreas de vigilância epidemiológica e sanitária, ai incluído os programas de combate à AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Mas também há dinheiro do SUS no mercado financeiro desses três estados que deveria ter sido utilizado em programas de gestão à saúde e capacitação de profissionais do setor”, denuncia Leandro Fortes.

A investigação complica ainda mais a vida de José Serra. “No caso de São Paulo, a descoberta dos auditores desmonta um discurso muito caro ao governador, virtual candidato do PSDB à Presidência, que costuma vender a imagem de ter sido o mais pródigo dos ministros da Saúde do país, cargo ocupado por ele entre 1998/2000, durante o governo Fernando Henrique Cardoso”, aponta Leandro Fortes. Pelos cálculos do Denasus, apenas em 2007, José Serra deixou de aplicar na saúde R$ 1,1 bilhão. Apesar disto, o Tribunal de Contas do Estado aprovou as suas contas.

Mídia é devedora da Previdência Social

Apesar da gravidade dos fatos denunciados pela Carta Capital, a mídia demotucana tem evitado tratar do assunto. O seu “espírito investigativo” não funciona quando se trata de apurar os crimes da oposição neoliberal-conservadora, principalmente quando afetam o blindado José Serra. Mas, além das razões político-eleitoreiras, o silêncio da mídia tem outros motivos escusos. Ela mesma procura tirar vantagens econômicas do desmonte do setor público. A defesa do “estado mínimo” e contra a “gastança pública” tem também objetivos funcionais, de expropriação explícita.

O sítio Conversa Afiada, do jornalista Paulo Henrique Amorim, denunciou recentemente que os principais veículos de comunicação desfalcam a Previdência Social. Os demo-tucanos roubam a saúde e os barões da mídia roubam os aposentados e os pensionistas. “E depois eles reclamam do déficit da previdência”, ironiza Amorim. Os dados enviados ao blogueiro são bombásticos:

- A Infoglobo Comunicações, empresa das Organizações Globo, tem nove processos por dívidas com a Previdência Social, totalizando R$ 17.664.500,51;

- A Editora Abril deve R$ 1.169.560,41;

- A Rádio e Televisão Bandeirantes tem sete processos, totalizando R$ 2.646.664,15, sendo que três deles são de “Pedido de Penhora e/ou Reforço de Penhora”;

- A Folha de S.Paulo tem quinze processos e deve à Previdência Social R$ R$ 3.740.776,10;

- O Estado de S.Paulo tem dois processos e deve R$ 2.078.955,87;

- A Editora Globo tem dois processos e deve R$ 2.078.955,87.


Fonte: Blog do Miro

terça-feira, 23 de março de 2010

Bispos da CNBB manifestam "preocupação" com agronegócio


Da Comissão Pastoral da Terra de Goiás

Os 14 bispos que integram a seção Regional Centro-Oeste da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgaram uma carta aberta em que se dizem "preocupados com o avanço do agronegócio" nesta região do país, na quarta-feira (17/3).

Os bispos reafirmam a posição favorável a Reforma Agrágria, o apoio aos movimentos de luta pela terra e lamentam que "reforma agrária deixou de ser prioridade dos governos federal e estadual".

As monoculturas de cana-de-açucar, para produzir etanol, soja e eucalipto, além de outras culturas, de acordo com a nota, "vem invadindo as terras dos agricultores em geral destinadas a produção de alimento que vai à mesa dos brasileiros".

Além da provocar a destruição do Cerrado, os bispos sustentam que esse processo promove a a concentração de terra e o trabalho escravo.

O Regional Centro-Oeste é composto pelos estados de Goiás, Tocantins e o Distrito Federal.

Baixe o arquivo anexo no final desta página e leia a carta dos bispos.


Fonte: MST


segunda-feira, 22 de março de 2010

Fórum Urbano Mundial começa nesta segunda-feira, no Rio



O Fórum Urbano Mundial, o mais importante evento sobre desenvolvimento urbano mundial, começa nesta segunda-feira (22), no Rio de Janeiro. Promovido pela agência das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (UN-Habitat), o FUM será realizado no Brasil em parceria com o governo federal.

Esta é a primeira vez que o Fórum será realizado na América Latina, depois de passar pela África, Europa, Ásia e América do Norte. O evento vai reunir autoridades de 160 nações e cerca de 15 mil participantes para discutir alternativas ao desenvolvimento das cidades diante da rápida e desordenada urbanização. O tema desta edição é "O Direito à Cidade: Unindo o Urbano Dividido".

Os debates serão divididos em seis eixos: Levando adiante o direito à cidade; Unindo o urbano dividido; Acesso igualitário à moradia; Diversidade Cultural nas cidades; Governança e participação; e Urbanização sustentável e inclusiva.

De acordo com pesquisas patrocinadas pela ONU, hoje, metade da população mundial vive em cidades. Com isso, esses centros já consomem mais de dois terços de toda a energia e contribuem em proporção semelhante para todos os rejeitos, incluindo as emissões de gás de efeito estufa. As expectativas são de uma sensível piora do quadro. Acredita-se que, nos próximos 50 anos, dois terços da humanidade viverão em centros urbanos.

O objetivo do Fórum, que realizará sua quinta edição no Brasil, é debater formas de minimizar o crescimento da pobreza nas cidades, melhorar o acesso da população pobre a serviços como água potável, saneamento e moradia, e permitir o desenvolvimento urbano de forma sustentável e inteligente.

A programação está disponível no www.cidades.gov.br

Assessoria de Imprensa / Liderança do PT Senado

sábado, 20 de março de 2010

A baixaria está na ordem do dia



Por Valter Pomar

O crescimento de Dilma Roussef nas pesquisas está provocando extremo nervosismo na direita brasileira.

A conta que eles fazem é mais ou menos a seguinte: diziam que o PT nunca elegeria o presidente da República, mas elegemos; diziam que Lula nunca seria reeleito e que o PT estava acabado, mas ocorreu o contrário; diziam até há pouco que Lula nunca faria o sucessor, mas vários porta-vozes da direita já reconhecem que o mais provável é uma vitória de Dilma em outubro de 2010.

Daí o nervosismo: para uma direita que pretendia ficar “20 anos no poder” –nas palavras do falecido Sérgio Motta, a checar se antes ou depois da compra de votos para aprovar a reeleição no Congresso Nacional–, é insuportável pensar que o PT está construindo as condições para ficar talvez 20 anos no governo.

Direita nervosa é direita perigosa. Em recente evento em defesa da “liberdade de empresa”, ficou clara a linha: a vitória de Dilma é uma ameaça às “liberdades”. E todos sabemos quantos golpes, mortes, torturas e desaparecimentos a direita brasileira já foi capaz de perpetrar, em defesa de seus interesses.

Claro que 2010 não é 1964. A crispação existente no debate ideológico é imensa; mas o nível de confronto social direto é muito baixo, entre outros motivos devido aos investimentos públicos e ao crescimento (real ou potencial) decorrente. Em casa em que há pão…

Devido ao mesmo motivo, o estado de ânimo dos grandes capitalistas é bem diferente do exibido por seus representantes políticos. Embora não gostem da presença da esquerda no governo federal, os empresários sabem que lucraram muito nos últimos anos.

Esse divórcio entre parte da burguesia e a cúpula de seu “partido”, entre os donos do capital e o discurso dos grandes meios de comunicação e dos demo-tucanos, é uma das maiores dificuldades enfrentadas pela direita em 2010.

A divisão no andar de cima quase nos levou à vitória em 1989. A unidade na “cobertura” derrotou a esquerda em 1994 e 1998. E sua divisão em 2002 foi uma das razões da eleição de Lula.

A histeria ideológica contra o PT, acentuada nas últimas semanas, deve ser vista, neste sentido, como uma jornada de formação política: os representantes políticos da burguesia querem convencer suas bases de que todos correm sério risco, caso Dilma vença as eleições.

O roteiro básico desta “jornada de formação política”, promovida pela direita, é o seguinte: 1) reconhecer os aspectos positivos do governo Lula; 2) dizer que estes aspectos positivos decorrem da continuidade das políticas do governo FHC; 3) apontar que Lula teria recebido uma grande ajuda da conjuntura internacional; 4) afirmar que os aspectos negativos do governo Lula decorrem principalmente da influência do PT e da esquerda; 5) dizer que Lula teria conseguido, devido ao seu temperamento pessoal e força política, manter o PT e as idéias de esquerda sob certo controle; 6) mas que Dilma, por seu temperamento e por não ter força política suficiente, não conseguirá controlar os radicais; 7) motivo pelo qual o governo Dilma, ao contrário do governo Lula, causará graves danos para as liberdades do Capital.

Trata-se, como é evidente, de uma visão distorcida dos fatos. Em primeiro lugar, os aspectos negativos dos últimos anos decorrem, exatamente, da herança maldita do governo FHC. Esta herança teve enorme influência, durante o período em que Palloci foi ministro da Fazenda. Esta influência teve conseqüências políticas deletérias, com destaque para as derrotas eleitorais de 2004 e para a crise de 2005. As bases do Partido reagiram a isto votando nos setores que faziam oposição ao conservadorismo da política monetária; esta oposição foi majoritária no primeiro turno do PED de 2005 e só não ganhou a presidência do Partido devido ao esquerdismo sectário do grupo liderado por Plínio de Arruda Sampaio. A partir do PED de 2005, começou um deslocamento do Partido e também do governo para a esquerda. É isso que garante a atual sintonia entre o Partido e o governo.

O governo Dilma estará “à esquerda” do governo Lula, assim como o segundo governo de Lula esteve “à esquerda” do primeiro. Mas esta radicalização se deve mais aos radicais da direita, do que aos radicais do PT. A tentativa de derrubar o governo Lula, em 2005, demonstrou os limites da política de conciliação promovida principalmente por Palloci. E obrigou o Partido e o governo a mover-se noutra direção.

O saldo, como sabemos, foi uma mudança no eleitorado que garantiu o segundo turno de 2006. O divórcio entre os “formadores de opinião” e a grande maioria do povo é outra das dificuldades enfrentadas pela direita em 2010. Mesmo que consigam unificar-se em torno da campanha de demonização do PT e de Dilma, nada garante que a direita tenha sucesso em ganhar o voto do povo em favor da candidatura Serra.

Eis porque, ao lado da já citada “jornada de formação política”, a direita trabalha pela divisão do campo governista; estimula candidaturas “dissidentes”, como as de Ciro Gomes e Marina Silva; destaca temas incômodos para setores conservadores do eleitorado; além de contar com o apoio indireto da ultra-esquerda.

Tudo isto aconteceu em 2006, sem sucesso. Mesmo assim, o PT e a pré-campanha devem estar vigilantes contra o salto alto: a direita é muito poderosa e até outubro muita água ainda há de passar por debaixo da ponte. Sem falar na assessoria que a direita tupiniquim já está recebendo de seus amigos estadounidenses e europeus.

O fundamental é perceber que a direita busca colocar uma cunha entre petismo e lulismo, entre o eleitorado tradicional da esquerda e o eleitorado que se aproximou de nós, especialmente ao final do primeiro governo Lula.

É por isso que seus intelectuais & penas de aluguel têm buscado identificar e salientar diferenças entre o governo, Lula, Dilma e o PT; bem como especular acerca das “rupturas” que poderiam ocorrer entre o governo Lula e o futuro governo Dilma.

Nossa resposta é que, para nós, continuidade é mudança, é continuidade da mudança. Como disse Dilma, em seu discurso ao IV Congresso do PT, “avançar muito mais e muito mais rapidamente”.

Ou seja: neutralizar e derrotar a crítica do adversário, mas sem capitular à idéia da estabilidade pela estabilidade, da continuidade como continuísmo.

Nem sempre sabemos fazer isto. Entre nós há pessoas que não perceberam que os tempos mudaram e que não estamos na conjuntura de 2002, quando prevaleceu a “necessidade” de oferecer “garantias ao mercado”. Do que precisamos, agora, é oferecer garantias ao povo, de que a vida vai continuar a melhorar.

Isto posto, é importante pensar a respeito do que fará a direita se Dilma continuar subindo nas intenções de voto e caminhando rumo à vitória em outubro de 2010? Além de babar e rosnar, vão morder? E que tipo de oposição farão contra nosso governo, a partir de 1 de janeiro de 2011?

Valter Pomar é membro do Diretório Nacional do PT

sexta-feira, 19 de março de 2010

Governo triplica orçamento para a educação que chega a R$ 51 bilhões em 2010


O governo triplicou o orçamento do Ministério da Educação nos últimos oito anos, passando de R$ 17,4 bilhões em 2003 para R$ 51 bilhões em 2010. Se forem incluídos os recursos da transferência do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies), do salário educação e da quarta parte do repasse estadual, o valor passa de R$ 19,1 bilhões em 2003 para R$ 59,1 bilhões em 2010.

Os dados foram divulgados nesta semana, pelo ministro da Educação, Fernando Haddad. Segundo explicou, os recursos estão sendo aplicados principalmente na educação básica. O investimento por aluno, que era de R$ 1,6 mil em 2000, saltou para R$ 3 mil, e a meta é a de atingir R$ 3,5 mil. Já para o ensino médio profissionalizante, em que o investimento por aluno é mais alto, deve ser de R$ 4,5 mil por aluno.

Os números mostram que a distância entre o investimento na educação básica e na educação superior vem caindo. Em 2000, essa diferença era de 11 vezes, em 2008 caiu para 5,6 vezes, o que é muito próximo do patamar da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne os países ricos. O percentual do investimento por estudante em relação ao PIB por aluno elevou-se de 14,5% em 2002 para 19%. Na OCDE, a média é de 25%.

A meta do ministério é a de terminar o ano com o orçamento em 5% do PIB, o que dá 1% do PIB a mais do que foi investido historicamente. Ele projeta pelo menos mais 1% para o próximo período, com um aumento de pelo menos 0,2% ao ano.

Portal Brasil (www.brasil.gov.br)

quinta-feira, 18 de março de 2010

O Anel de Tucum



Este anel, extraído de uma palmeira da Amazônia (Bactris setosa) que têm como simbologia: o compromisso e aliança com as causas sociais e pelas lutas populares, geralmente são usados por pessoas que fazem parte das PJs, de Pastorais Sociais e Missionárias, de Movimentos Sociais, de ONGs, adeptos da Teologia da Libertação, membros de Partidos de Esquerda, etc., espalhadas por todo o mundo e em especial na América Latina.
Bom, vale dizer que muitos o usam sem mesmo saber seus significados e conseqüências. Assumir tal compromisso, lutar por justiça e se colocar a favor dos menos favorecidos é se opor às lideranças capitalistas que buscam lucros por meio da exploração e isso não é fácil, pois em muitos casos isso pode ser até mesmo perigoso.
.
Algumas pessoas usam na mão esquerda, outras na mão direita e ao que parece não existe diferença no significado, mas já escutei belas explicações:
.
“uso na esquerda, pois há uma veia no dedo anelar esquerdo que vai direto ao coração”
“a mão esquerda, é de força, simboliza para mim minha opção política (social/de esquerda)”...
“a mão direita é a que saúdo meus companheiros”


Creio que independente da mão, todos temos um ideal parecido: o compromisso com os menos favorecidos, o de busca e luta por uma sociedade mais justa e fraterna, o que para mim (e acredito que para muitos também!), trata-se da construção do Reino de Deus, da Civilização do Amor!!! - Particularmente falando, acho lindo a mística e a simbologia que este anel tem! O peso que ele possui e se faz sentir!
Realmente não é fácil carregar, assumir, o que para mim faz parte da proposta do Projeto de Jesus!!!


Trecho do Filme Anel de Tucum


O anel de tucum significa adesão às causas populares, luta contra a opressão social e o desejo de um mundo mais justo, de humanos direitos para todos. Tal significado é originário da utilização do anel de tucum como aliança matrimonial pelos escravos, o que lhe conferiu, logo em seguida, a força de símbolo clandestino de resistência e libertação. De lá pra cá, a simbologia do anel de tucum permanece viva e continua permitindo que as pessoas identifiquem, uma nas outras, tais princípios de vida.

"... É sinal da aliança com a causa indígena e com as causas populares. Quem carrega esse anel significa que assumiu essas causas e as suas conseqüências”.
“... Muitos, por causa deste compromisso foram até a morte...".

“... Você toparia usar o anel? Olha, isso compromete, viu?...”

quarta-feira, 17 de março de 2010

Prévias do PT-RJ

terça-feira, 16 de março de 2010

Deputado do PMDB de Nova Iguaçu Vota CONTRA o Estado do Rio de Janeiro no Congresso Nacional


Dois deputados do Rio, Nelson Bornier (PMDB) e Adilson Soares (PR), votaram favoráveis à emenda Ibsen, que altera o critério de distribuição dos Royalties do Petróleo, tanto dos campos já explorados, como dos que ainda vão ser (o pré-sal). Além disso, quatro outros deputados faltaram à votação. O deputado federal, Rodrigo Maia (DEM) estava na Alemanha, participando de evento da União Democrata Cristã. Marina Maggessi (PPS) disse ao jornal O Dia ter passado mal ao constatar que o Rio levaria ‘lavada’ na votação: “Já sabia que seria uma grande sacanagem com o Rio. Meu médico recomendou ficar em casa”. Os deputados Vinícius Carvalho (PT do B) e Senhorita Suely (PR) não foram encontrados pelo jornal fluminense para justificar as ausências. Veja no Blog do Arena Pública o comportamento de todos os deputados do Rio e os deputados de outros estados que votaram contrários à emenda Ibsen:

Fonte:

Ler mais: Blog do Campbell

http://www.blogdocampbell.com.br/2010/03/royalties-dois-deputados-do-rio-votaram.html#ixzz0iLK5dqn0

domingo, 14 de março de 2010

TENDÊNCAS ELEITORAIS, POR MARCOS COIMBRA

Do Estado de Minas

MARCOS COIMBRA

Dentro das pesquisas

Para as oposições, o grave é que aqueles que não sabem (que Dilma é a candidata de Lula) são diferentes dos que já estão informados. São mais pobres, menos educados, residem em regiões menos desenvolvidas. Por isso, recebem em maior proporção o Bolsa-Família e outros programas sociais

Quem, como muitas pessoas na oposição, se assustou com os resultados da recente pesquisa do Datafolha cometeu, provavelmente, dois equívocos. De um lado, pode ter superestimado a gravidade da situação que descrevia para Serra naquele momento. De outro, no entanto, pode ter subestimado os problemas que ele deve enfrentar nos próximos meses.

O encurtamento da vantagem de Serra em relação a Dilma já era conhecido desde janeiro, por meio de pesquisas públicas realizadas pela Vox Populi e a Sensus. Além delas, havia outras, não destinadas à divulgação, que as corroboravam. O meio político já trabalhava, portanto, com um cenário de virtual empate entre eles. Na da Sensus, concluída na última semana do mês, a distância entre ambos havia ficado em cinco pontos percentuais. No fim de fevereiro, o Datafolha apontou quatro pontos, isto é, a mesma coisa.

A estabilidade nesse período era boa para Serra. Se considerarmos que as duas pesquisas são plenamente comparáveis, poderíamos dizer que ele caiu entre dezembro e janeiro, com algumas alterações na distribuição socioeconômica e geográfica de suas intenções de voto (nenhuma muito expressiva, no entanto). Mas esse desgaste não continuou nas semanas seguintes, pois um mês se passou sem mudança nos números.

Para quem, como ele, insiste em permanecer recluso e sem disposição de entrar em campo, não seria mal se as coisas estivessem assim. Sua vantagem, embora menor, permanecia, subindo significativamente quando Ciro Gomes saía da lista. Como a hipótese de só ficarem ele, Dilma e Marina parece provável, os oito pontos percentuais de frente eram reconfortantes (sempre lembrando que a ministra faz campanha e ele não).

Ou seja, as queixas unânimes de seus companheiros, insatisfeitos com sua opção de esperar o tempo certo, não seriam tão procedentes. Se o prejuízo estava contabilizado e parecia interrompido, não haveria por que pisar no acelerador. De pouco adiantaria, aliás, pois nada se compara ao poderio de comunicação de Lula e do governo federal. A ficar como Davi bradando contra Golias, quem sabe não seria mesmo melhor o silêncio em público (e a guerrilha no bastidor)?

Não tem razão, assim, quem olhou essa pesquisa e se desesperou. Se o que ela indicava fosse uma tendência, haveria muito que comemorar, no campo serrista, nos seus resultados.
O problema são as respostas a outras perguntas, além das de simples intenção de voto. Mais exatamente, as relativas ao nível de conhecimento dos candidatos, a dimensão crucial de uma eleição onde uma contendora fortíssima é ainda quase desconhecida por uma proporção muito grande do eleitorado.

Na pesquisa do Datafolha (também nesse aspecto semelhante às demais), acertaram o nome da candidata de Lula 59% dos entrevistados. O que quer dizer que os restantes 41% não teriam qualquer razão para votar em Dilma.

Se alguém não sabe sequer que ela é a candidata de Lula, sabe o quê? Como poderia dizer que votaria em uma pessoa que desconhece completamente? Como pensaria em seu nome para o cargo mais importante do país?

Para as oposições, o grave é que aqueles que não sabem são diferentes dos que já estão informados. São mais pobres, menos educados, residem mais em cidades pequenas e nas regiões menos desenvolvidas. Por isso, recebem em maior proporção o Bolsa-Família e outros programas sociais. São os que mais percebem que sua vida melhorou no período Lula e que, em função disso, estão mais satisfeitos com seu governo e mais dispostos a votar em quem ele indicar para continuar o que faz.

Segundo o Datafolha, o conhecimento de que Dilma é a candidata de Lula cresceu sete pontos (indo de 52% para 59%) entre dezembro e o fim de fevereiro. Nesse intervalo, no cenário com Ciro, ela subiu cinco pontos e Serra caiu cinco. São números tão parecidos que sugerem que a intenção de voto em Dilma cresce na razão direta do aumento de seu conhecimento, enquanto que com Serra a razão é inversa. Ele cai à medida que ela se torna conhecida.

Olhando para quem falta conhecê-la, a oposição tem todos os motivos para ficar (muito) preocupada com o que parece estar vindo pela frente

sexta-feira, 12 de março de 2010

Na marcha de Vinhedo a Louveira, mulheres destacam o combate ao agronegócio

As duas mil militantes da Marcha Mundial das Mulheres, em caminhada de dez dias entre Campinas e São Paulo,
defendem a reforma agrária e a agricultura familiar.

Um batuque fúnebre abriu nesta quinta-feira (11) o terceiro dia de caminhada da Marcha Mundial das Mulheres pela rodovia Anhanguera. Após terem andado 11 quilômetros entre Campinas e Valinhos na segunda-feira e 14 quilômetros entre Valinhos e Vinhedo ontem, as duas mil militantes que participam da 3ª Ação Internacional venceram com facilidade os oito quilômetros que separam Vinhedo de Louveira. O silêncio inicial, marcado pelo toque ritmado da Fuzarca Feminista, era uma homenagem às mulheres assassinadas no mundo inteiro e um sinal de apoio às feministas do México, que neste mês lançaram uma campanha contra o feminicídio.

Seguindo o revezamento das delegações, hoje foram as caminhantes do Distrito Federal e do Tocantins que iniciaram a Marcha. As palavras de ordem puxadas por elas destacaram o combate à corrupção e a luta pela defesa do Cerrado, da agricultura familiar e da reforma agrária. A principal porta-voz da bancada ruralista no Congresso Nacional foi lembrada por diversas vezes pelas tocantinenses, que cantaram: “Você não quer, nem mesmo eu, ouvir falar da Kátia Abreu”.

Atividades de formação

Os dez painéis de debates simultâneos que aconteceram ontem durante o período de atividades de formação (das 16 às 19h), em Vinhedo, representaram bem a diversidade de temas e de culturas que marca a Marcha Mundial das Mulheres. Os assuntos discutidos foram economia solidária e feminista; saúde da mulher e práticas populares de cuidado; sexualidade, autonomia e liberdade; educação não sexista e não racista; mulheres negras e a luta anti-racista; mulheres indígenas; a mídia contra-hegemônica e a luta feminista; a mercantilização do corpo e da vida das mulheres; prostituição; mulheres, arte e cultura.

Olga Macuxi, de Roraima, compartilhou a experiência das mulheres guerreiras que participaram da luta pela homologação da Raposa Serra do Sol e falou sobre o processo de organização do movimento de mulheres indígenas. “A OMIR [Organização de Mulheres Indígenas de Roraima] iniciou uma campanha de conscientização contra o álcool nas aldeias. A bebida está ligada a maior parte dos casos de violência contra mulheres e prostituição”, contou Olga. Além das indígenas de Roraima, também estão marchando mulheres do povo Sateré-Maué (do Amazonas) e do povo Tupinambá (da Bahia).

Na tenda em que se reuniram as mulheres negras, a militante mineira Maria Teresa destacou a importância do movimento de mulheres incorporar a luta anti-prisional. “Dos 46 mil presidiários de Minas Gerais, 38 mil são negros. Para as presas, os maus tratos são ainda mais intensos. Ao contrário dos homens, elas não têm direito a visita íntima e, se forem lésbicas e se beijarem, passam uma semana na solitária. Se forem pegas em algum contato mais íntimo, o castigo dura três meses”, afirmou ela. “Tenho quatro filhos biológicos e mais quatro adotivos. Um deles começou a roubar. A sociedade nunca me agradeceu pelos sete cidadãos responsáveis que criei, mas estou cansada de escutar ´Só podia ser preta, por isso o filho é ladrão`”, desabafou Maria Teresa.

O caráter de resistência política da cultura popular foi o eixo do debate sobre mulheres, arte e cultura, que contou com a presença de uma convidada especial: a cantora e compositora Ellen Oléria. “Com a feijoada, as mulheres negras conseguiram transformar restos no prato mais famoso da culinária brasileira”, comemorou a cantora. “Com nossa luta, temos muitas conquistas. Ter uma protagonista negra na novela das oito, por exemplo, é algo positivo. , Sem entrar no mérito do conteúdo, pelo menos agora uma menina negra não vai mais perguntar para a mãe se pode ser modelo, porque ela já vai saber que pode, sim”, completou Ellen.

Na tarde de hoje, um grande debate único sobre o trabalho das mulheres e a autonomia econômica reunirá as duas mil caminhantes. A socióloga Helena Hirata vai contribuir com a discussão. Amanhã, às 6h, a Marcha Mundial das Mulheres volta às ruas, rumo a Jundiaí. O destino final é São Paulo, no dia 18 de março.

Mais informações: http://www.sof.org.br/acao2010/

quinta-feira, 11 de março de 2010

Encontro AE-Baixada

Seminário da Juventude da Articulação de Esquerda -RJ

terça-feira, 9 de março de 2010

ANIVERSÁRIO DE 2 ANOS DO NÚCLEO PETISTA JPC - RJ!!!

Neste dia 09 de março de 2010, completa-se dois anos do nosso Núcleo PeTista Juventude Política e Cidadania - JPC, tendo como local da realização pública de formalização da fundação do núcleo, se deu no salão paroquial da Igreja São Sebastião de Austin, no dia 09 de março de 2008 com a presença de mais de 60 pessoas oriundas de vários municípios da baixada, tendo como convidados a participar da mesa o camarada Taffarel presidente da câmara de vereadores de Mesquita, o vereador Marcelo Morais de Belford-Roxo, a vereadora de Nova Iguaçu Professora Marli e o atual vice prefeito do município de Queimados Dequinha, com vários dirigentes do PT municipal de Nova Iguaçu presentes tendo presidido a mesa o atual coordenador do núcleo Ronaldo M.Cerqueira.

Foi um momento marcante antes mesmo da fundação do Núcleo JPC no ano de 2007, iniciamos uma série de reuniões com objetivo de ser organizarmos organicamente como núcleo PeTista, fizemos vários encontros de formação discutindo e refletindo a luz do estatuto do nosso partido PT, onde iniciamos com o 1º encontro de formação a história do PT, 2º encontro conjuntura e o 3º encontro sobre o socialismo, depois desses encontros tiramos como prioridade à fundação do núcleo, tínhamos muitos militantes soltos que nós reuníamos de vez em quando para discutirmos política ou ser organizamos para as campanhas desde o ano de 1996, como militantes da Pastoral da Juventude e do PT, em 2004 contribuímos de forma decisiva na campanha do Lindberg Farias onde contribuímos na coordenação geral da campanha em Austin nosso bairro de origem e conseguimos chegar a vitória do Lindberg Farias aqui em Nova Iguaçu sendo eleito o primeiro prefeito do PT do município fato marcante para nossa militância.

Participamos do governo Lindberg Farias contribuindo onde nós formos desiguinados da melhor forma possível tendo como protagonista principal o munícipe de Nova Iguaçu.

O ano de 2006 foi um ano marcante onde conseguimos engrenar a campanha a deputado federal do Taffarel esta foi sim um fato histórico tendo um militante oriundo da Pastoral da Juventude tentando uma vaga na câmara dos deputados em Brasília.

Chegando o ano de 2008, após a fundação do nosso Núcleo JPC, iniciamos meses depois a campanha de reeleição do prefeito Lindberg Farias onde eu Ronaldo fui coordenador geral da campanha em Austin, indicado pelo PT, conseguimos uma vitória marcante ainda no 1º turno com o dobro de votos do segundo colocado Lindberg Farias reeleito com a militância do JPC fazendo todos esforços necessários para que isso ocorresse.

Já no ano de 2009 tivemos uma perda imensa para nosso núcleo um dos mais animado, motivado e grande entusiasta para a fundação do núcleo o meu pai José de Castro Cerqueira veio a falecer, no mês de fevereiro de 2009, momento difícil e de grande dor para nós militantes do JPC – PT.

Depois desse momento adverso dessa grande perda já tínhamos uma afinidade com a corrente interna do PT – Articulação de Esquerda que tem o perfil mais próximo da nossa na linha marxista-leninista e definitivamente entramos organicamente na corrente e deixamos só de ser próximo hoje nosso Núcleo JPC é referência para Articulação de Esquerda aqui na baixada fluminense – RJ.

No ano de 2009, lançamos uma candidatura interna para a presidência do PT – RJ, o camarada Taffarel e uma chapa sangue puro da AE – Esquerda Socialista para o PED.

Agora em 2010, temos novamente uma empreitada na qual lançaremos como prioridade da Articulação de Esquerda o camarada Taffarel como candidato a deputado federal.

Também teremos prévias do PT no final desse mês de março provavelmente no dia 28/03/10, para senado na qual estarão concorrendo o prefeito de Nova Iguaçu Lindberg Farias x Benedita da Silva.

Nós da AE e do JPC apoiaremos sem sombra de dúvidas o camarada Lindberg Farias.

Temos que somar forças para eleição presidencial onde teremos como eixo principal à vitória da DILMA, prioridade do PT e do LULA.

Nosso Núcleo JPC, desde a sua fundação teve papel decisivo em vários momentos é um dos núcleos mais atuantes do PT no Rio de Janeiro.

Os signatários e fundadores do Núcleo Juventude, Política e Cidadania JPC - PT:

José de Castro Cerqueira – in memoriam

Ronaldo Monteiro Cerqueira

Guilherme Monteiro Cerqueira

Viviane Ribeiro Tavares

Janaína Felipe de Oliveira

Valéria Ataíde de Sousa

Tiago dos Santos Furtado

Daniel da Costa Melo

Clodoaldo Ferreira de Almeida

Renato Cordeiro

Rogério Santana

Sérgio Maurício de Loreno

Francismar Monteiro Cerqueira

Fágner Medeiros de Lima

Genilton Santana

Ricardo da Paz

Lúcio de Assis

Ângela Cristina dos Santos

Ana Patrícia dos Santos

Ronaldo Monteiro Cerqueira

Em 09 de março de 2010

segunda-feira, 8 de março de 2010

O dia da Mulher nasceu das mulheres Socialistas


Por Vito Gianotti

Quando começou a ser comemorado o Dia Internacional da Mulher? Quando começou a luta das mulheres por sua libertação? Qual a influência do movimento socialista na luta das mulheres? E o 8 de março como nasceu? A data teve origem do quê? Onde?

Estas e outras questões merecem uma atenção especial neste 2003, quando nos jornais e na internet apareceram repetidamente versões diferentes, da tradicional, sobre a origem do Dia da Mulher e seu significado. Todas estas versões, no entanto, esqueceram a palavra chave, que está na história da luta da mulher por sua libertação: mulher “socialista”.

Este ano, nas vésperas do 8 de março o jornal cearense O Povo publicou um longo artigo de uma professora da Universidade Federal do Ceará que deixou muita gente assustada. O mesmo aconteceu em vários artigos que circularam na internet. Para encarecer a dose, logo após a comemoração do Dia da Mulher, o novo jornal de esquerda que acabava de sair, Brasil de Fato, no seu número 1, também traz um artigo da mesma professora da UFC, Dolores Farias, que reafirma o que ela havia escrito no jornal O Povo, dias antes. Vi gente ficar furiosa com a contestação da origem da data do Dia Internacional da Mulher. Procurando entender o porquê desta confusão.

Na verdade, a questão da origem do 8 de março já existe há anos. Em 1996, o Jornal do Brasil trazia um artigo da professora da UERJ, Naumi Vasconcelos, no qual ela dizia que tal greve de Nova Iorque, em 1857, na qual teriam morrido 129 operárias queimadas vivas, nunca existiu. E ela afirma que a origem desta data é bem outra.

No mesmo ano, em março, Conselho de Classe, jornal do SEPE, sindicato dos professores da rede pública do estado do Rio de Janeiro, trazia um artigo da mesma professora Naumi, com o título sugestivo de: “Quem tem medo do 8 de março?” Neste, a autora citava, como fonte fundamental para a discussão, um livro de uma pesquisadora canadense intitulado: “O dia Internacional da Mulher – Os verdadeiros fatos e datas das misteriosas origens do 8 de março, até hoje confusas, maquiadas e esquecidas”.

Este livro, da autora canadense Renée Côté, saiu em 1984 e estranhamente ficou esquecido por várias razões. O livro da Renée é totalmente antiacadêmico, anticonvencional. Mas, mais do que a forma, o que fez o livro cair no esquecimento foi o que ela diz, que incomoda muita gente. Ela prova por a + b, ao longo de 240 páginas, que as certezas que nos anos 1960, 70 e 80, foram criadas pelos movimentos feministas, a respeito do surgimento do 8 de março, são pura ficção. Ela derruba um mito caro às mulheres feministas, que tanto penaram para afirmar esta data. Além disso, o livro foi deixado cair no esquecimento porque é mais fácil aceitar versões já consolidadas de histórias caras às nossas vidas, do que se questionar sobre mitos estabelecidos. Um pouco como, para muitos, é mais fácil aceitar a historinha de Adão e Eva, criados do barro, uns seis mil anos atrás, do que se questionar sobre as origens do homem, bem mais complexas, centenas de milhares de anos atrás.

Há um outro fator, que acho determinante, que fez o livro da autora canadense cair no limbo. Ela deixa transparecer, o tempo todo, sua visão favorável à autonomia dos movimentos sociais frente aos partidos e mostra uma prevenção à própria idéia de partido político. O livro se insere no grande leito da luta autonomista, típica dos movimentos de esquerda dos anos 70. Isto a antipatiza com muitos setores da esquerda mais influente, que poderiam ter divulgado sua obra. Mas deixando de lado simpatias, ou alergias, vamos entra no cipoal deste mito.

A explicação da origem do mito da greve de Nova Iorque de 1857, nos EUA, e do esquecimento de outra greve real, concreta e proibida, de 1917 na Rússia, vamos ver só no final do artigo. A questão chave é ver porque, no mundo bipolar da Guerra Fria dos anos 60 do século passado, os dois blocos em disputa aceitaram a versão de uma greve de mulheres, em 1857, nos EUA, e esqueceram uma outra greve de mulheres, em 1917, na Rússia? Os motivos são mais políticos que psicológicos. Vejamos.

O clima mundial quando nasceu o mito de 1857

A idéia da libertação da mulher nasceu na terra fértil do movimento socialista mundial, no final do século XIX e começo do século XX.

As raízes desta batalha podem ser encontradas nos escritos de Marx e Engels. A visão da família, da mulher proletária e da burguesa que permeiam A Origem da Família, da propriedade e do Estado, de Engels, é a base da visão dos socialistas da necessidade da libertação da mulher proletária. A frase do Marx “A opressão do homem pelo homem iniciou-se com a opressão da mulher pelo homem”, demorou para dar seus frutos, mas deu.

Contemporâneos de Marx, Paul Lafargue e Laura Marx foram batalhadores da igualdade e da libertação feminina, em seus vários escritos e sobretudo em seu livro mais conhecido Direito à preguiça.

Clara Zetkin, desde 1890, logo após a fundação da Internacional Socialista, começou a falar, escrever e organizar a luta das mulheres visando integra-las à luta socialista. Visando a que elas tomassem seu lugar na luta de classes, na revolução.

Fora da 2ª Internacional, a tradição anarquista de uma parte do movimento operário exigia a igualdade de homens e mulheres. A realidade, naquele começo do movimento da classe trabalhadora ainda era dura: partido e sindicato eram coisas de homem. Mas, mesmo nesse ambiente desfavorável, grandes mulheres passaram a discutir com as maiores lideranças da época e deixaram suas marcas em livros e artigos e na organização das forças revolucionárias. Foi neste embate de idéias que um dos teóricos da Internacional, August Bebel, escreveu seu livro A mulher e o socialismo. E é nesse grande rio que deságua o célebre A nova mulher e a moral sexual, de Alexandra Kollontay.

Neste ambiente de lutas operárias e de discussões teóricas, no campo socialista, que nasceu a luta pela participação política e, pouco a pouco, pela libertação da mulher.

A partir do começo do século XX, esta batalha das socialistas se cruzou com a de um punhado de mulheres independentes, em sua maioria pertencentes à classe média e alta, que estavam em campanha pelo direito de voto. Estas mulheres, sobretudo nos Estados Unidos, ao reivindicar o sufrágio para as mulheres, foram conhecidas como as sufragistas e suas relações com as socialistas eram de conflito.

As mulheres socialistas se organizam e criam o Dia da Mulher

Desde 1901, logo após a criação do Partido Socialista, nos EUA, surge a União Socialista das Mulheres, com a finalidade de reivindicar o direito de voto feminino. Entre os anos 1904 e 1908, sempre nos Estados Unidos, nascem vários clubes de mulheres, uns intimamente ligados ao Partido Socialista, outros mais autônomos, anarquistas ou não.

Em 1908, a Federação dos Clubes de Mulheres Socialistas de Chicago toma a iniciativa, autônoma, não ligada oficialmente ao Partido Socialista, de chamar para um Dia da Mulher, num teatro da cidade. Era o domingo 3 de maio. Os debates do dia tinham dois temas de pauta: 1- A educação da classe trabalhadora, e 2- A mulher e o Partido Socialista.

Nesta conferência o palestrante, Ben Hanford repetiu uma das idéias chaves de Engels no seu Origem da família da propriedade e do Estado: “As mais exploradas são as mães do nosso povo. Elas estão de mãos e pés amarrados pela dependência econômica. São forçadas a vender-se no mercado do casamento, como suas irmãs prostitutas no mercado público.”

Mas não foi este encontro independente, no teatro The Garrick, de Chicago, que foi reconhecido pelo Partido Socialista como o começo da comemoração do Dia da Mulher. A iniciativa deste dia tinha nascido fora da estrutura oficial do Partido.

O primeiro Dia da Mulher, nacional, assumido pelo Partido, foi no ano seguinte, em Nova Iorque, em 28 de fevereiro de 1909. Em outras cidades do País, como Chicago, o dia foi celebrado em outras datas.

O objetivo deste dia, convocado pelo Comitê Nacional da Mulher do Partido Socialista americano, era “obter o direito de voto e abolir a escravidão sexual”. O panfleto de convocação dizia: “A realização da revolução das mulheres é um dos meios mais eficazes para a revolução de toda a sociedade.”

Desde o começo do século, nos EUA havia um importante movimento pelo voto feminino, fora da órbita dos socialistas. A maioria das mulheres do Parido consideravam o movimento pelo voto com desprezo, unicamente como um movimento de “mulheres brancas e de classe média”. Porém, dentro do Partido Socialista há um constante vai-e-vem sobre este tema. Por seu lado, as mulheres anarquistas não viam nenhum sentido na luta pelo voto, nem das mulheres e nem dos homens. O meio para construir uma nova sociedade não seria certamente o voto, e sim a ação direta revolucionária.

Mas o ambiente americano favorecia esta reivindicação. Até o ano de 1909, em quatro estados era reconhecido o direito ao voto feminino. A extensão do voto para toda mulher americana só virá em 1920.

Na Europa o movimento das mulheres socialistas, liderado por Clara Zetkin, também era cheio de zigezagues. No começo, dentro da Internacional se levava uma guerra sistemática contra o voto feminino, visto como uma forma de desviar as forças revolucionárias das mulheres e considerado como uma reivindicação burguesa. Era assim que eram tachadas as sufragistas pelas socialistas. Esta visão européia será adotada pelo Partido Socialista americano, em meio a grandes debates e com vozes discordantes.

Mas, no meio de todas as contradições deste debate, em 1907, em Stuttgart, na 1ª Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, 58 delegadas de 14 paises elaboraram uma proposição que comprometia os vários Partidos Socialistas a entrar na luta pelo voto feminino. A proposição foi elaborada, na véspera, na casa da Clara Zetkin, por ela e duas camaradas que se hospedaram em sua cas, Rosa Luxemburg e Alexandra Kollontay, única russa da Conferência.

É nesse clima de embates que, em 1910 o Partido Socialista americano organiza, pela segunda vez, o Dia da Mulher para o último domingo de fevereiro, em Nova Iorque. O objetivo é declarado sem rodeios no convite: “arrolar as mulheres no exército dos camaradas da revolução social”.

Esta comemoração de 1910 foi marcada por uma grande participação de operárias. As costureiras da cidade haviam terminado uma longa greve pelo direito de ter seu sindicato reconhecido. A greve durou de 22 de novembro de 1909, até 15 de fevereiro, quase véspera do Dia da Mulher. Foi uma greve longa, dura, com fortes piquetes, reprimidos com violência pela polícia, que prendeu mais de 600 pessoas. Encerrada a greve há poucos dias, as costureiras participaram ativamente do Dia da Mulher chamado pelo Partido Socialista.

Dois meses depois, em maio, no congresso do Partido, realizado em Chicago, foi deliberado que o Partido americano enviaria delegados ao Congresso da Internacional, dali a três meses,com a tarefa, entre outras, de propor ao plenário, que o Dia da Mulher fosse assumido pela Internacional e que se tornasse o Dia Internacional da Mulher, a ser celebrado pelos socialistas, no último domingo de fevereiro de cada ano.

Em agosto do mesmo ano de 1910, antes do congresso do Partido, se realizou, em Copenhagem, Dinamarca, a 2ª Conferência Internacional das Mulheres Socialistas. Foi ali que as delegadas americanas levaram a proposta aprovada em seu País. Assim, sob proposta das delegadas americanas, Clara Zetkin e outras camaradas propõe a realização anual do Dia Internacional da Mulher. A data ficou indefinida, a cargo de cada país comemorar o seu dia na melhor data. A resolução aprovada será publicada, logo em seguida, no jornal dirigido pela Clara, A Igualdade, em 29 de agosto. “As mulheres socialistas de todas as nações organizarão um Dia das Mulheres específico, cujo primeiro objetivo será promover o direito de voto das mulheres. É preciso discutir esta proposta, ligando-a à questão mais ampla das mulheres, numa perspectiva socialista.”

A partir desta conferência, as mulheres socialistas passarão a comemorar o Dia Internacional das Mulheres, sempre aos domingo. Nos primeiros três anos após esta resolução, este dia, na maioria dos paises, é marcado para o último domingo de fevereiro.

Dia da Mulher se fixa em 8 de Março

Na Europa, a primeira celebração do Dia Socialista das Mulheres aconteceu em 19 de março de 1911, por decisão do Secretariado da Mulher Socialista, órgão da Internacional. Alexandra Kollontay, que propôs a data, diz que foi para lembrar um levante de mulheres proletárias, na Prússia, em 19 de março de 1848. Neste dia as mulheres conseguiram do rei da Prússia a promessa, depois não cumprida, de obter o direito de voto.

Nos EUA, a tradição de realizar o Dia da Mulher no último domingo de fevereiro se repetiu em 1911, 1912 e 1913. Em 1914 será comemorado em 19 de março.

Nos vários paises da Europa, após a decisão da 2ª Conferência, onde havia um partido socialista, se começou a comemorar o dia da Mulher.

Na Suécia a primeira comemoração foi em 1º de março de 1911. O mesmo aconteceu na Itália. Na França o começo do Dia da Mulher foi em 1914, comemorado dia 9 de março, próximo ao Dia da Mulher na Alemanha.

Em 1914, pela primeira vez, na Alemanha, as mulheres socialistas marcam a data do Dia da Mulher para 8 de março. Não se explicou o porque desta data, pois não precisava. Era um detalhe sem interesse. A data era totalmente indiferente. Importante era a realização do dia.

Na Rússia, debaixo da opressão do Czar, o primeiro Dia da Mulher só foi comemorado em 3 de março de 1913. Em 1914 todas as organizadoras do Dia da Mulher serão presas e com isso não houve comemoração.

Em plena Guerra Mundial, em 1917, na Rússia, as mulheres socialistas realizaram seu Dia da Mulher no dia 23 de fevereiro, pelo calendário russo. No calendário ocidental, a data correspondia ao dia 8 de março.

Neste dia, em Petrogrado, um grande número de mulheres operárias, na maioria tecelãs e costureiras, contrariando a posição do Partido, que achava que aquele não era o momento oportuno para qualquer greve, saíram às ruas em manifestação por pão e paz. Declararam-se em greve. Esta manifestação foi o estopim do começo da primeira fase da Revolução Russa, conhecida depois como a Revolução de Fevereiro.

Esta greve foi documentada nos escritos de Trotsky e de Alexandra Kollontay, ambos membros do Comitê Central do Partido Operário Social-democrata Russo e ambos, depois, proscritos pelo stalinismo vencedor. Kollontay escreve: “O dia das operárias, 8 de março, foi uma data memorável na história. Neste dia as mulheres russa levantaram a tocha da revolução.”

Mas o texto que melhor nos conta os fatos da greve das operárias de Petrogrado é um longo trecho de l. Trotsky, no primeiro volume do seu livro História da Revolução Russa. Vale a pena acompanha-lo:

“O 23 de fevereiro era o Dia Internacional das Mulheres. Se programava, nos círculos da social-democracia, de mostrar o seu significado com os meios tradicionais: reuniões, discursos, boletins. Na véspera, ninguém teria imaginado que este Dia das Mulheres pudesse ter inaugurado a revolução. Nenhuma organização planejava alguma greve para aquele dia. Ainda por cima, uma das mais combativas organizações bolcheviques, o Comitê do tecelões de rayon, de Vyborg, formado essencialmente por operários, desaconselhava qualquer greve. O estado de espírito das massa, segundo Kaiurov, um dos chefes operários deste setor, era muito tenso e cada greve ameaçava tornar-se um confronto aberto. O Comitê julgava que o momento de começar as hostilidades ainda não tinha chegado e que o Partido ainda não tinha forças suficientes e, ao mesmo tempo, a união entre soldados e operários ainda era insuficiente. Por isso tinha decidido de não chamar para a greve, mas para se preparar para a ação revolucionária, num futuro ainda não definido. Esta era a linha de conduta preconizada pelo Comitê, na véspera do dia 23, e parecia que todos a tivessem aceita. Mas, na manhã seguinte, contra todas as orientações, as operárias têxteis abandonaram o trabalho em várias fábricas e enviaram delegadas aos metalúrgicos para pedir-lhes que apoiassem a greve. Foi a contragosto, escreve Kaiurov, que os bolcheviques, seguidos pelos operários mencheviques e pelos socialistas de esquerda se juntaram à marcha. Como se tratava de uma greve de massa, era necessário comprometer todo mundo para sair às ruas e estar à frente do movimento. Esta foi a resolução proposta por Kaiurov e o Comitê de Vyborov se sentiu forçado a aprova-la.

Pelos fatos, é então certo que a Revolução de Fevereiro foi iniciada por elementos da base que passaram por cima da oposição das suas organizações revolucionárias e que a iniciativa foi tomada espontaneamente por um contingente do proletariado explorado e oprimido mais que todos os outros, as operárias têxteis. (…) O empurrão final veio das enormes filas de espera na frente às padarias.”

Em 1921, realiza-se, em Moscou, na URSS, a Conferência das Mulheres Comunistas que adota o dia 8 de marco como Data unificada do Dia Internacional das Operárias. A partir dessa conferência, a 3ª Internacional, recém criada, espalhará a data do 8 de março como data da comemorações da luta das mulheres.

Um dia esquecido e depois reinventado

Na Rússia comunista, após a vitória da Revolução de Outubro, nos primeiros anos do novo regime, no dia 8 de março se realizava o Dia Internacional da Mulher Comunista. O dia, pouco a pouco, perdeu seu interesse e o adjetivo comunista foi caindo à medida que o ímpeto revolucionário da União Soviética começou a se arrefecer.

Nos anos 30 o Dia Internacional da Mulher, seja comunista que socialista, se perderá na tormenta que se abateu sobre o mundo. A ascensão do nazismo na Alemanha, o triunfo do stalinismo na URSS e o declínio da Social-democracia na Europa e o vendaval da IIª Guerra Mundial enterrarão as manifestações do Dia da Mulher.

A humanidade só voltará a falar do Dia da Mulher, no final dos anos 60.

Neste lapso de tempo, o marco do 8 de março, data da greve das operárias de Petrogrado, de 1917, foi esquecido. A data da vitória das revolucionárias rebeldes russas, que impôs a derrota do absolutismo do Czar e deslanchou a Revolução Russa, não interessava aos comunistas do mundo todo. Estes, quase todos, viviam anestesiados pelos encantos ou pelo terror stalinista. Retomar a lembrança daquele 8 de Março das operárias revolucionarias de Petrogrado, também não interessava à Social-democracia, rejuvenescida após a destruição da guerra e em conflito aberto com o comunismo dos países do bloco soviético.

Menos que menos, a data do 8 de março de 1917, na nascente URSS, interessava ao bloco capitalista ocidental, inimigo mortal da Rússia comunista.

Foi assim, sem precisar de uma conspiração organizada por um suposto império do mal, que na Alemanha comunista, em 1966, a Federação das Mulheres Comunistas retomou o Dia da Mulher. Vimos que o fizeram de forma confusa, misturando fatos com fantasias, inventando datas e detalhes.

E foi assim, sem nenhuma deliberação conspiratória, que o mito que acabava de ser criado, em 1966, no Leste Europeu, começou a ser divulgado e foi depois enriquecido fartamente, nos EUA do final dos anos 60.

Depois disso era só enriquecer o mito. O que foi feito, até sua cristalização em 75, com a ONU e logo depois com a Unesco.

8 de Março: uma data a enriquecer

Derrubar o mito da origem da data do 8 de março não implica em desvalorizar o significado histórico que este adquiriu. Muito ao contrário. Significa enriquecer a comemoração deste dia com a retomada de seu sentido original. Significa voltar às origens, para que a cepa-mãe do ideal socialista possa alimentar, sem medos, e sem vergonha pelas derrotas sofridas pelas revoluções perdidas no século XX, a arvore, ainda frágil, da luta pelos direitos e pela libertação total das mulheres. Significa integrar todos os novos e importantíssimos aspectos da luta da libertação da mulher, descobertos com a evolução histórica da humanidade no século XX, com a retomada de suas raízes socialistas. Integrar à clássica luta socialista/comunista do começo do século, as cointribuições de Wilhem Reich, Simone de Beauvoir, Herbert Marcuse, Samora Machel, Betty Friedann, Rose Marie Muraro e milhares de ativistas ,militantes e organizadoras da luta das mulheres, no mundo inteiro. Sem medo da felicidade, sem medo do prazer. Sem medo de lutar por uma revolução, que deverá ser social, sexual, e profundamente cultural. Sem medo de levantar as bandeiras vermelhas da luta pela libertação da humanidade, homens e mulheres.


Fonte: Página 13