sábado, 24 de outubro de 2009

LINDBERG COMENTA ACORDO PT-PMDB

Acordo não muda nada: continuo candidato

"Lindberg quer ser candidato. Nós vamos analisar no momento oportuno", disse. " Atualmente, o PT ocupa cargos na administração do governador Sérgio Cabral (PMDB), que busca a reeleição." Ricardo Berzoini, pre-
sidente nacional do PT

Lindberg avalia que acordo PT-PMDB ajuda a sua candidatura

Tem gente me perguntando o que muda na minha candidatura depois do pré-acordo nacional entre PT e PMDB. Não muda nada. Sou candidatíssimo.

Sinceramente, acho que pouca gente entendeu o motivo desse pré-acordo. O que houve foi a inversão de uma lógica que priorizava os acertos nos estados. Agora, não. As direções do PMDB e do PT entenderam que se ficassem esperando a pacificação geral nos estados, não sairia aliança. Então, em vez de casamento forçado nos estados, tivemos ontem um noivado em Brasília.

Com esse pré-acordo, ganham Temer e a direção do PMDB, que fica com a vaga para vice. Fizeram o acordo no momento certo, pois sabiam que caso Dilma crescesse nas pesquisas poderia acabar preferindo se casar com o Ciro.

No entanto, Dilma também ganha, pois mostra a força da sua candidatura. Agora deve haver um jantar por semana com os partidos da base. Volta a ganhar força a tese da eleição plebiscitária. A tendência é o Ciro ficar, se muito, com o PSB.

Resumindo, acho que a situação melhorou para minha candidatura. Antes, o PMDB dizia que as negociações só avançariam se houvesse acordo nos estados. Agora,não. O pré-acordo é uma espécie de noivado e o PMDB deu esse passo à frente, antes de resolver os problemas estaduais porque optou em ser o aliado preferencial da candidatura da Dilma. Houve uma clara opção pelo acordo nacional. Até porque o próprio PMDB não consegue resolver seus problemas. Na Bahia, Geddel insiste em ser candidato.

Ou seja, a minha leitura desse pré-acordo é que as direções do PT e PMDB entenderam que os problemas regionais entre dois partidos tão diferentes são naturais e não podem frear o acordo nacional.

Eu me sinto cada vez mais candidato. Da mesma forma que na Bahia o PMDB lança Geddel contra o governador do PT, Jacques Wagner, aqui no Rio, o PT tem que lançar uma candidatura que defenda os interesses do povo trabalhador que tem sofrido com as políticas elitistas do governo Cabral.

Lindberg Farias

Comentário

As movimentações políticas visando 2010 que faz o presidente Lula, para conferir musculatura à canddiatura da ministra Dilma Roussef à Presidência da República e reduzir os espaços de manobra de supostas candidaturas alternativas de Ciro Gomes e Marina Silva, e opositoras, de José Sérra e Aécio Neves, produzem conclusões variadas, ou mesmo, contraditórias.

Lindberg tem razão quando diz que o PMDB se antecipou ao assinar o referido pré-compromisso, como garantia de espaço na chapa presidencial e a posição de aliado preferencial da candidatura petsta, a despeito dos contenciosos estaduais da aliança PT-PMDB.

Os sinais são claros da vocação para o crescimento da candidatura da ministra, superados os tormentos da crise econômica, da sua doença e diante do pacote de realizações que o governo Lula promete para o próximo ano. Além, é claro, do alto índice de popularidade que o presidente da República ostenta, malgrado as vicissitudes e a forte oposição midiática que enfrenta.

Com o conhecido apreço que o presidente Lula nutre pelo deputado federal Ciro Gomes (PSB), cujo partido insiste em lançar a presidencia, antes que essa eventual candidatura seja retirada em função de um acordo nacional, já que o PSB depende do apoio do PT em vários estados, com destaque para Pernambuco, onde governa o seu presidente nacional, Eduardo Campos, o PMDB corre para garantir o seu espaço. É o conhecido axioma: "Em política não existe espaço vazio ..", e o PMDB tratou de ocupar o seu antes que alguem ocupe.

O que autoriza o prefeito Lindberg Farias avaliar que o acordo é benéfico para as suas pretensões eleitorais, pois ele realizou-se antes que os contenciosos estaduais fossem equacionados, ao contrário do discurso anterior do próprio PMDB. O restante das declarações que sai sobre o episóido é de lideranças daquele partido interessadas em fortalecer as suas posições nos estados, o que também faz parte do jogo político.

Em Tempo: O ministro Geddel Vieira aparece na foto, alguém viu o governador Sérgio Cabral?

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