segunda-feira, 31 de maio de 2010

Taffarel defendeu Mesquita em Brasília


Taffarel participou da luta e mobilização para que fosse promulgada pelo Congresso Nacional a Emenda Constitucional 057/2008, sem a qual o Município de Mesquita seria jurídico e politicamente extinto, pois sua emancipação estava sendo considerada inconstitucional.
Através da ABRACAM – Associação Brasileira das Câmaras Municipais, do qual é membro e da Confederação Nacional dos Municípios Taffarel participou ativamente das discussões em prol de Mesquita, que teria irreparáveis prejuízos tanto para a comunidade quanto para Nova Iguaçu município-mãe caso viesse a ser extinta.
Com diversas idas à Brasília Taffarel teve seu trabalho reconhecido por diversos deputados federais e senadores e hoje o povo mesquitense pode ficar tranqüilo porque a aprovação da emenda a Constituição garantiu a emancipação definitiva de Mesquita.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Celso Amorim: “EUA foram surpreendidos”



Por Mauro Santayana – do Jornal do Brasil BRASÍLIA –

A sensação é inevitável, mesmo para quem, como o repórter, conhece o palácio há quase 50 anos: Niemeyer concebeu o novo Itamaraty para o chão e a paisagem de nosso surpreendente milênio, para o chão e a paisagem de outra e surpreendente nação, a dos brasileiros de hoje. O amplo salão de acesso é o vestíbulo de novo milênio e de nova consciência do mundo e de nós mesmos, nesse inquieto planeta, a cada dia menor em sua ubiquidade, a cada dia maior em sua dúvida quanto à própria sobrevivência. Do novo Itamaraty são ausentes as vetustas colunas e a retilínia arquitetura do velho Itamaraty, no qual passeava a nobreza do barão do Rio Branco. As curvas de Niemeyer e a clareza dos salões, com a invasão da luz de Brasília, correspondem ao que somos, enquanto os cisnes idosos, sob a sombra das palmeiras do antigo palácio carioca, recordam o que fomos. As águas, mais leves, do Planalto, são outras, outras, mais próximas do chão, as plantas que adornam seus jardins. Outro, é claro, o chanceler, aliviado da obesidade de seu poderoso antecessor, posto que submetido a regime de viagens exaustivas, com o sono conturbado pelos fusos horários. O chanceler menos solene Celso Amorim é, em todos os seus gestos e palavras, o menos solene de todos os chanceleres conhecidos. Nenhum outro poderia ser o chefe da diplomacia com Lula na Presidência, nem com Itamar – mesmo incluídos os paisanos, isto é, os ministros políticos que, em alguns casos, se esforçam para adquirir caricatural physique du rôle.

Amorim, o discutido presidente da Embrafilme que patrocinou a produção de Pra frente, Brasil, provavelmente não conseguiria o mesmo desempenho com um presidente vindo das velhas famílias do Império, ou das novas famílias de imigrantes enriquecidos em São Paulo. Irã: era preciso tentar tudo A atualidade determina a pauta de nossa conversa: que perspectivas há, no caso do Irã? Amorim se move entre a cautela profissional e o natural orgulho da ação positiva brasileira no mundo atual. Confessa, de início, que não tinha muita convicção de que houvesse grande possibilidade de acordo entre os Estados Unidos e o Irã, mas, da mesma forma, entendia que era preciso tentar tudo, para obter alguma coisa. – Sempre fomos muito bem tratados, tanto da parte do presidente (dos EUA) Obama, quanto da parte da secretária (de Estado) Hilary Clinton.

Posso dizer que não havia divergências quanto ao resultado pretendido, que era o de obter garantias de que o Irã só iria usar a tecnologia nuclear para fins pacíficos, mas os meios não pareciam os mesmos. Nós acreditávamos, e continuamos acreditando, na persuasão, no convencimento, na conversa amistosa, na sinceridade de nossos propósitos. Eles, no entanto, se mostravam muito céticos, quanto à possibilidade de que o Irã viesse a aceitar as condições que haviam proposto em outubro passado. Creio que eles se mostraram surpreendidos com o resultado. É provável que não esperassem a aquiescência do Irã aos esforços da Turquia e do Brasil, que agiram como países soberanos, interessados na paz. Eles gostariam de ter iniciado o processo de punição antes de nossos entendimentos – e responderam com a decisão da secretária de Estado de propor as sanções às chamadas grandes potências. Atrevo-me a observar que há uma diferença doutrinária, digamos, entre o presidente e sua competidora nas eleições primárias dentro do Partido Democrata, e que, provavelmente, Obama não pense exatamente como a secretária de Estado, que busca afirmar-se na ala direita de seu partido no Congresso. Amorim sorri com suave malícia. Ele sabe que eu não espero a contribuição de seu juízo, posto que, qualquer que ele fosse, seria diplomaticamente inoportuno. China e Rússia E, agora, o que ocorrerá? – levo-o a retomar o seu pensamento. Amorim está otimista. Acha que os demais membros do Conselho de Segurança – sobretudo a China e a Rússia – podem concordar com a ideia, mas provavelmente não aceitem o conteúdo da resolução proposta por Washington. “Tempo e paciência caminham juntos” Nesse momento, Amorim se desculpa, diante de um sinal de uma assessora que chega à porta. Deve atender a um chamado de seu colega turco, com quem estivera conversando antes de nossa entrevista. Não bem retornou ao Brasil, e está em contato permanente com Teerã e Ancara. De Teerã teve a promessa de que a carta, endereçada à ONU, reiterando os termos do acordo, que o governo de Ahmadinejad ficou de enviar até segunda feira, está sendo cuidadosamente redigida – e será enviada a tempo. – Essas coisas levam tempo, recomendam a ponderação, reclamam consultas. Na diplomacia, tempo e paciência caminham juntos. Acrescenta que, pouco a pouco, os norte-americanos e europeus compreenderão a necessidade de cautela. Isso, repete, fortalece seu otimismo, o mesmo otimismo de Lula. Lembra que, com o passar das poucas horas, já se percebem os sinais da prudência, por parte dos membros permanentes do Conselho, e com direito a veto. Deu no ‘New York Times’ Comento com o chanceler matéria divulgada pelo New York Times – que, como seu editorial, interpretava os fatos em favor da senhora Clinton – e a reação surpreendente nos comentários dos leitores. Até onde eu havia lido (mais ou menos dois terços de quase 300 intervenções). Não havia um só leitor que aprovasse a posição do Departamento de Estado. Todos apoiavam – e muitos com linguagem dura – os esforços do Brasil e da Turquia para desamarrar, e não cortar, como parecem pretender os alexandres do Complexo Industrial Militar dos Estados Unidos, o nó górdio iraniano. Amorim não os havia lido, pediu à assessoria que acessasse a matéria; sorriu, feliz, para ilustrar o superlativo: interessantíssimo.

Observo que podemos ver, no episódio, a situação dos Estados Unidos no mundo de agora. O ministro comenta que há vários artigos, firmados por observadores respeitáveis, sobre a resistência de Washington – e seus aliados – à entrada de novas potências, novos países, no jogo internacional. – Até há pouco eles nos convidavam para conversar sobre o clima. Na OMC foram constrangidos a nos ouvir. Mas consideravam que assuntos de paz e segurança entre as nações eram coisas deles. Assim, quando o Brasil e a Turquia entram no jogo, é natural que reajam. A tentativa, mesmo que seja simbólica, de a Turquia e o Brasil agirem de forma diferente, sugere que a arquitetura da segurança internacional, sustentada por algumas autodesignadas forças e países, não pode manter-se por muito tempo.

Oscilação norte-americana Intervenho, para lembrar que os Estados Unidos têm oscilado, em sua História, entre os postulados de Hamilton e os de Jefferson. E quando a orgulhosa aristocracia da Nova Inglaterra se defronta com a eleição de um mestiço, com o sobrenome Hussein, há sinais claros de que alguma coisa mudou realmente naquele país. O chanceler resume em uma frase curta: foi uma mudança para melhor, mas seguramente não terá sido para o entendimento de parcela de suas elites. – Há setores da sociedade norte-americana que, diante de um presidente com essas marcas biográficas, dele cobram uma posição mais dura, uma demonstração de força. Eu o vejo como homem propenso ao diálogo. Mas, sem dúvida, ele enfrenta dificuldades.

Conselho de Segurança Provoco-o, lembrando algumas críticas que se fazem à diplomacia brasileira: não estaríamos desprezando a prioridade da aliança continental sul-americana, em favor de uma intervenção no Oriente Médio? – Não, de forma alguma. O Brasil não pode desinteressar-se dos assuntos que afetam a paz mundial. Quando os nossos países, a Turquia e o Brasil, foram eleitos para o Conselho de Segurança, é claro que essa escolha acarretou-lhes a responsabilidade de cuidar da paz, em nome da comunidade internacional, e não somente em nome do próprio país ou de determinada região. Não há tema que mais afete a segurança internacional do que o do Oriente Médio. Em algum momento, e com razão, eu via na Palestina o perigo maior da região, mas, nesta hora, a questão nuclear do Irã é mais premente. Tendo a possibilidade de atuar, de maneira positiva, com um país da região, que é a Turquia – o que foi uma boa combinação – o Brasil procurou agir em busca de uma solução pacífica, como é de seu dever. Isso não foge à nossa vocação. Afinal, quando participamos da Segunda Guerra Mundial, o fizemos na defesa da democracia. No caso atual, não se trata da guerra mas da paz. Melhor ainda. Embaixadores de pijama Diante das críticas, algumas acerbas, que alguns dos condutores da diplomacia brasileira, durante o governo passado, endereçam ao Itamaraty de hoje, permito-me observar que eles atuam como os famosos generais de pijama. Haveria uma categoria de “embaixadores de pijama”? Amorim se embaraça um pouco com a pergunta e, antes de responder com a elegância que tem faltado a alguns de seus adversários, permite-se uma boutade: os pijamas dos embaixadores devem ser da grife Versace. “Terá que haver uma governança multipolar” Indago-lhe se esse grupo de diplomatas age em decorrência de haver perdido sua posição eminente no Itamaraty de Fernando Henrique, ou se há alguma coisa ideológica mais profunda. – Em primeiro lugar, eu prezo muito a liberdade de expressão, e acho perfeitamente válido que cada um dê a sua opinião. Também acho que não é por simples coincidência que determinados meios de comunicação busquem sempre os mesmos embaixadores com essa posição. Já li muitas outras manifestações diferentes, de outros diplomatas e de setores da sociedade que não encontram a mesma acolhida desses órgãos tão solícitos à crítica à nossa política externa. Prefiro não ver, nisso, a manifestação de quem deixou o poder. Na verdade, todos nós temos como missão defender o Brasil e defender algumas ideias importantes nas relações internacionais.

Acho, no entanto, que algumas pessoas têm dificuldade em adaptar-se aos novos tempos. O Brasil ascendeu muito rapidamente no cenário internacional, principalmente em razão do desempenho do presidente Lula, na conciliação entre a boa economia e a justiça social – e, é claro, também por sua atuação internacional. Como a mudança foi súbita, a cabeça de muitos com ela não se acostumou. Por isso, mesmo aceitando que criticam com boa-fé, atuam sempre com a preocupação de que “não podemos brigar com tal grande potência”. Quando atuamos em Cancun, no caso da OMC, e na divergência sobre a Alca, muitos disseram: “Mas, gente, vocês vão brigar com os Estados Unidos?” Nos tempos de Bush O ministro cita a era Bush: – Ora, mesmo na época de Bush, as relações entre Lula e o presidente texano foram boas. Trabalhamos juntos, com êxito, em vários programas. É claro que, nesses assuntos delicados de paz e segurança, as coisas são mais difíceis, levam mais tempo, mas os Estados Unidos irão compreender que a participação ativa do Brasil não se faz contra os interesses deles, porque já passou a época em que um só país pode dominar o mundo. Terá que haver uma governança realmente multipolar. Da mesma forma que, para muitos países é difícil entender essa mudança, é provável que pessoas que militaram durante muitos anos em situação diferente tenham dificuldade em entender que o Brasil hoje não só pode agir com independência, e defender seus interesses, ao mesmo tempo em que contribui para a ordem global. O fato é que a emersão dos Bric assustou um pouco.

Conforme a gíria americana, há “new kids on the block”. Discurso de posse Relembro o discurso de posse de Celso Amorim como chanceler do presidente Lula. Ele recomendou aos jovens diplomatas que não tivessem medo, nem arrogância. A postura do Itamaraty, hoje, pode ser considerada de Realpolitik? Amorim aceita a expressão bismarquiana, na medida em que o Itamaraty atua de acordo com a dimensão da realidade mundial. Pondera, no entanto, que, mesmo não agindo no vazio, a postura brasileira é fundada em positivo idealismo humanista. – Acho que não nos podemos mover em uma política determinada pelo interesse cru. Essa posição não me entusiasma, nem ao presidente. A política que reúne o nosso interesse como nação e os nossos ideais humanistas é a da solidariedade, e ela nos está trazendo maior reconhecimento nos foros internacionais. Atuamos no sentido da universalidade, o que nos leva tanto às grandes nações europeias, como nos permite trazer a Brasília ministros de 50 nações africanas, a fim de discutir os problemas da agricultura. Vamos a Israel, vamos à Jordânia, vamos à Palestina e ao Irã, porque nós não temos posição preconceituosa. Ruy Barbosa, o patrono Arrisco-me a dizer que essa política brasileira, de respeito à igualdade entre as nações, foi enunciada por Ruy Barbosa em Haia. Amorim não só concorda, como considera Ruy o patrono da diplomacia multilateral brasileira, da mesma forma que Rio Branco foi o patrono da diplomacia bilateral. De muitas outras coisas – e algumas importantes – falou o chanceler, mas todas dentro da mesma linha de raciocínio.

O Brasil cresceu muito, o mundo mudou muito, e é preciso enfrentar os problemas sem medo, mas sem as bravatas da adolescência. Entre as mudanças do mundo se encontra a instantaneidade da informação, que estimula a transformação dos indivíduos passivos em cidadãos atuantes, como se vê no mundo inteiro. Nossa autonomia de ação é um caminho do qual não poderemos retornar, a menos que estejamos dispostos a agachar-nos, depois que nos decidimos a andar de cabeça alta.

O caso do Irã é emblemático, porque a sua solução contribuirá para a consolidação de nova ordem mundial, com o fortalecimento das Nações Unidas e o fim dos ditados imperiais das grandes potências. De qualquer forma, a vigilância na defesa do entendimento entre as nações – é o que podemos resumir de suas ideias – terá que se manter, e a cada dia mais, porque a paz é sempre uma conquista esquiva da razão política.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Plenária do Companheiro Taffarel - 10 Anos na Luta

Plenária do Companheiro Taffarel

10 Anos na Luta



No último dia 22 de maio de 2010, ocorreu a 1ª grande atividade de pré-campanha a Deputado Federal do Companheiro TAFFAREL, a plenária foi realizada no salão da Paróquia Nossa Senhora de Fátima em no Bairro de Edson Passos – Mesquita-RJ

Onde teve a presença massiva várias lideranças comunitárias, de militantes do PT vindos de diversos municípios do nosso estado do Rio de Janeiro, do ex-prefeito da Cidade de Nova Iguaçu (região Metropolitana do RJ) e também nosso candidato ao Senado Federal Lindberg Farias, da Deputada Estadual Inês Pandeló, do Prefeito de Mesquita Artur Messias, e de diversos prés-candidatos (as) a deputados estaduais do PT, entre outros diversos vereadores e autoridades da cidade de Mesquita.

A atividade que ressalta os 10 anos de lutas e conquistas do companheiro Taffarel mostrando a sua predestinação e caminhada ao lado do povo, lutando e até mesmo brigando por melhorias em todos os Bairros de Mesquita.

Foi um esquenta maravilhoso que teve a presença de cerca de 300 pessoas muito entusiasmadas entre elas várias lideranças populares e simpatizantes da pré-candidatura do companheiro Taffarel. Pudemos perceber na falação do Taffarel um homem público mais maduro, centrado em seus ideais de luta ao lado da população, um ótimo parlamentar e um grande administrador público, pois Taffarel é presidente da Câmara Municipal de Mesquita.

Taffarel nos disse - fico muito emocionado, entusiasmado e confiante com a alegria de todos os que estão aqui presentes na plenária, isto que é demonstração de apoio a nossa caminhada. Pois vejo como sou querido no Bairro, na cidade e em outros lugares do estado. Logo após sua fala, foi muito aclamado por todos os presentes.

Entretanto não vamos parar somente nesta etapa, há caminhos a seguir e percorrer e concerteza iremos chegar a vitória juntos.

Agradecemos a todos os que estiveram presentes na plenária e a todos que confiam em nosso trabalho.

Colaboraram:

Ronaldo Cerqueira e Guilherme Monteiro

e-mail: ae13rj@gmail.com

segunda-feira, 24 de maio de 2010

A Serra o que é de Serra


Por: Paulo Donizetti de Souza, Revista do Brasil

Jornalista Marcio Aith coordenará comunicação da campanha de José Serra à Presidência

A informação havia saído no dia 4 de maio no blog de Lauro Jardim, no site da Veja. E está no boletim Jornalista&Cia (em PDF) desta semana (nº 744, de 19 a 25/5), do jornalista Eduardo Ribeiro, especializado em bastidores da imprensa e na movimentação de seus profissionais. Jornalista Marcio Aith coordenará comunicação da campanha de José Serra à Presidência

Aith era repórter especial da Folha de S.Paulo há pouco mais de um ano. Antes, era editor-executivo da Veja, revista na qual trabalhara por quase cinco anos, depois de construir uma reputação de bom repórter em passagens pela Gazeta Mercantil e a própria “Folha”.

Um episódios marcante da carreira de Aith, porém, foi ter assinado uma reportagem na Veja, há três anos, baseada no que foi chamado de “Dossiê Daniel Dantas”.

O Caso Veja

Acompanhe “O caso Veja“, ou vá direto ao capítulo “O Dossiê Falso

O tal dossiê encaminhado pelo dono do Banco Opportunity ao comando da redação da revista apontava a existência de contas secretas no exterior do presidente Lula, do ex-minitros Márcio Thomaz Bastos (Justiça), Antonio Palocci (Fazenda) e José Dirceu (Casa Civil), Luiz Gushiken (Secretaria de Comunicação Estratégica, a quem Dantas havia espionado via empresa Kroll, por sua influência nos fundos de pensão), do senador Romeu Tuma e do então diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda.

A reportagem saiu mesmo com seu autor admitindo que não conseguira provar as denúncias de Dantas – aliás, mesmo tendo verificado que o dossiê do banqueiro era falso. A justificativa da revista em soltar a matéria foi “patriótica”: evitar que DD chantageasse o governo.”Aith cometeu o erro de sua vida, concordando em assinar a matéria. Ganhou um boxe especial, cheio de elogios, e a primeira mancha grave na sua até então impecável folha de serviços jornalísticos. Veja não se limitava a apenas a ‘assassinatos de reputação’ de terceiros, mas a destruir a reputação dos seus próprios jornalistas”, escreveu Luis Nassif no extenso relatório “O Caso Veja”, no qual descreve em detalhes, entre outros desvios éticos de jornalismo, como o comando da maior publicação semanal do país seria movido a interesses políticos e empresariais.

Nassif lembra que o problema daquela edição da revista começava pela capa: “A chamada – Daniel Dantas: o banqueiro-bomba. O seu arsenal tem até o numero da suposta conta de Lula no exterior – não mencionava dossiê falso. Pelo contrário, apresentava a falsificação como se fosse algo real”, observa o relatório.

Na ocasião da reportagem, Lula reagiu indignado e rapidamente, coisa rara da parte do presidente desde que começou a apanhar da imprensa, ainda no primeiro mandato. “A Veja não traz uma denúncia. A Veja traz uma mentira. Se tivessem me avisado que eu tinha 38 mil euros, eu teria comprado um presente para dona Marisa.”

Ao assumir a campanha de José Serra, é possível que Marcio Aith tenha recebido a mesma mensagem que o companheiro Reinaldo Azevedo enviara por meio de seu blog, em 23 de março do ano passado, quando Aith transferia-se da Veja para a Folha: “Bom trabalho, amigão!”

quinta-feira, 20 de maio de 2010

PLENÁRIA TAFFAREL

Plenária do TAFFAREL

COMPANHEIROS E COMPANHEIRAS,


DIA 22 DE MAIO DE 2010

16 HORAS
IGREJA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA - EDSON PASSOS - MESQUITA

(Av. Castelo Branco, 322, Edson Passos, Mesquita, referência rua do Supermercado Cristal).


Solicatamos encarecidamente que nossos militantes posssam participar desta 1ª grande atividade da campanha Taffarel é federal.


Ronaldo Cerqueira

7872-2192
10*78347

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Dilma tritura a Miriam

Por Paulo Henrique Amorim

A CBN, a rádio que troca a notícia, entrevistou Dilma Rousseff:

O PiG (*) omitirá o ponto mais interessante da entrevista:

A Dilma triturou a urubóloga Miriam Leitão.

“Deu dó”, como se diz em Minas (as duas são mineiras).

A Miriam chegou com aquela empáfia de quem sabe, de quem decorou os números, e foi para cima da Dilma.

Queria saber quando a Dilma deixou de ser uma perdulária, uma “vamos torrar a grana”, para se tornar uma austera administradora pública.

(O coração da urubóloga se inclina para o Ministro Malocci, um tucano infiltrado no PT – e no Globo – , como se sabe.)

Aí, a Miriam começou a desfiar os números que mostravam que a dívida bruta isso, a dívida líquida aquilo, que a Dilma estourou o Caixa do Governo.

A Dilma botou a urubóloga no devido lugar.

Primeiro, a dívida caiu consistentemente no Governo Lula.

A dívida só subiu, quando foi preciso evitar a crise de 2008 (aquela crise que a urubóloga disse que ia afogar o presidente Lula).

Ou seja, a dívida subiu para conter a crise.

Mas voltou a diminuir.

E deu certo: o Brasil tem hoje números que pode exibir com orgulho – um dos mais baixos déficits e relação dívida sobre o PIB.

A Dilma chamou a Miriam várias vezes de “equivocada”.

E foi para cima da Miriam, com números, de forma segura, indiscutível.

A Miriam caiu na armadilha dos tucanos: acreditou que Dilma é fraca, despreparada.

Que cai em armadilhas.

É o que o Serra deve achar.

Dilma concluiu esse capítulo da trituração da urubóloga com uma tese interessante: a grande vitória do Governo Lula foi cortar a ligação entre a variação do dólar e a dívida do Governo.

A Dilma não disse, mas poderia ter dito: os gênios tucanos (FHC/Serra), que a Miriam tanto apoiou, é que fizeram isso: a dívida brasileira flutuava com o dólar.

Ou seja, o dólar conduzia o Brasil.

Dilma não fugiu do rótulo: sim, ela faz parte da esquerda brasileira.

E o que é ser de esquerda no Brasil, hoje ?

É crescer e distribuir a renda.

No Governo do FHC/Serra – Dilma não deu o nome – o que valia era o trio maravilhoso tucano: a combinação estagnação, desemprego e desigualdade.

O Governo Lula, lembrou a Dilma, tirou 24 milhões de brasileiros da miséria.

E levou 31 milhões para a classe média.

Ser de esquerda no Brasil – segundo a Dilma – é erradicar a miséria nesta década.

Dilma também denunciou a diplomacia submissa do governo FHC/Serra: o Brasil de Lula não é pequenininho, submetido, incapaz de assumir a liderança como assumiu no Irã.

Dilma não viu que vantagem o povo levou com o fim da CPMF (uma batalha que o PiG (*), a FIE P (**) e o Arthur Virgilio Cardoso – o do cartão Visa em Paris – venceram).

E, por fim, a questão da segurança pública (o Serra quer criar o Ministério da Segurança – deve ser para motoboys negros).

Para Dilma, o que precisa ser feito em todo o Brasil é o que Sergio Cabral fez no Rio, com dinheiro do PAC: as UPPs.

Por que o Serra não constrói uma UPP no Guarujá ?

Em tempo: a Miriam deve estar no inferno astral. Levou um pito do Serra e fingiu que tinha sido “o calor da eleição”. Depois, levou um pito do embaixador americano (ela pensou que ia dar um drible no “inexperiente” embaixador americano). E agora, se deixa triturar pela Dilma. Onde está a velha chama ? (A Hippolito foi mais esperta. Pegou leve.) E, no fim, a suprema ironia. A Dilma pediu licença para mandar um caloroso abraço à Miriam e à Hippolito.

Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) FIE P – o Conversa Afiada achou por bem retirar o “$” de FIESP depois que a FIE P tirou o leite das crianças (ao derrubar a CPMF), para evitar que o Fisco descobrisse o “bahani”, que é como, em São Paulo se chama o Caixa Dois … Depois, se viu que o presidente da FIE P intermediava grana da Camargo Corrêa para os políticos.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Ficha limpa é projeto demagógico, autoritário e flerta com o fascismo

 

Além de violar princípio da presunção da inocência, idéia retoma projeto da ditadura que estabeleceu a cassação dos direitos políticos pela "vida pregressa". Se pessoas com "ficha suja" não podem se candidatar, por que mesmo poderiam votar? Agora mesmo, sindicalistas do RS e de SP sofrem condenações por protestos contra seus governos. Estão com a "ficha suja"?

Marco Aurélio Weissheimer

O inferno está pavimentado de boas intenções. A frase cai como uma luva para contextualizar o debate sobre os políticos “ficha-suja” e o projeto “ficha-limpa” que ganhou grande apoio no país, à direita e à esquerda. Pouca gente vem se arriscando a navegar na direção contrária e a advertir sobre os riscos e ameaças contidos neste projeto que, em nome da moralização da política, pretende proibir que políticos condenados (em segunda instância) concorram a um mandato eletivo.
A primeira ameaça ronda o artigo 5° da Constituição, que aborda os direitos fundamentais e afirma que “ninguém será condenado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”. Professor de Direito Penal na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Túlio Vianna resumiu bem o problema em seu blog:
“Se o tal projeto Ficha Limpa for aprovado, o que vai ter de político sendo processado criminalmente só para ser tornado inelegível…Achei que o art.5º LVII exigisse trânsito em julgado de sentença penal condenatória. Deve ser só na minha Constituição. Se o “ficha-limpa” não fere a presunção de inocência, é pior ainda, pois vão tolher a exigibilidade do cidadão mesmo sendo inocente. Êh argumento jurídico bão: nós continuamos te considerando inocente, mas não vamos te deixar candidatar mesmo assim! Que beleza! Ou o cara é presumido inocente ou é presumido culpado. Não tem meio termo. Se é presumido inocente, não pode ter qualquer direito tolhido”.
Na mesma linha, o jornalista e ex-deputado federal Marcos Rolim também chamou a atenção para o fato de que o princípio da presunção da inocência é uma das garantias basilares do Estado de Direito e que o que o projeto ficha limpa pretende estabelecer é o “princípio de presunção de culpa”. Além disso, Rolim lembra que a idéia de ficha limpa não é nova e já foi apresentada no Brasil, durante a ditadura militar:
“Foi a ditadura militar que, com a Emenda Constitucional nº 1 e a Lei Complementar nº 5, estabeleceu a cassação dos direitos políticos e a inegibilidade por “vida pregressa”; vale dizer: sem sentença condenatória com trânsito em julgado”.
E se a idéia de ficha limpa é pra valer, acrescenta o jornalista e ex-deputado federal, por que não aplicá-la também aos eleitores:
“Se pessoas com “ficha suja” não podem se candidatar, por que mesmo poderiam votar? Nos EUA, condenados perdem em definitivo o direito de votar, o que tem sido muito funcional para excluir do processo democrático milhões de pobres e negros, lá como aqui, “opções preferenciais” do direito penal. E a imprensa? Condenações em segunda instância assinalam uma “mídia ficha suja” no Brasil?”
Mas talvez a ameaça mais grave, e menos visível imediatamente, que ronda esse debate é a incessante campanha de demonização dos políticos e da atividade política, impulsionada quase que religiosamente pela mídia brasileira. Rolim cita como exemplo em seu artigo uma charge publicada no jornal Zero Hora sobre o tema: na charge de Iotti, políticos são retratados como animais peçonhentos, roedores, aracnídeos e felinos.
Nos últimos anos, diversas pesquisas realizadas em vários cantos do planeta registraram um crescente descrédito da população em relação à política e aos políticos de um modo geral. Prospera uma visão que coloca a classe política e a atividade política em uma esfera de desconfiança e perda de legitimidade. A tentação de jogar todos os partidos e políticos em uma mesma vala comum de oportunistas e aproveitadores representa um perigo para a sobrevivência da própria idéia de democracia. O que explica esse fenômeno que se reproduz em vários países? A política e os políticos estão, de fato, fadados a mergulhar em um poço sem fundo de desconfiança? Essa desconfiança deve-se unicamente ao comportamento dos políticos ou há outros fatores que explicam seu crescimento?
É sintomático que o debate sobre a “ficha limpa” apareça dissociado do tema da reforma política. Eternamente proteladas e engavetadas, as propostas de uma mudança na legislação sobre as eleições e o financiamento das campanhas não obtém mesmo o alto grau de consenso e mobilização. Vale a pena lembrar de uma observação feita pelo filósofo esloveno Slavoj Zizek acerca do papel da moralidade na política. Ele analisa o caso italiano, onde uma operação Mãos Limpas promoveu uma devassa na classe política do país. Qual foi o resultado? Zizek comenta:
“Sua vitória (de Berlusconi) é uma lição deprimente sobre o papel da moralidade na política: o supremo desfecho da grande catarse moral-política – a campanha anticorrupção das mãos limpas que, uma década atrás, arruinou a democracia cristã, e com ela a polarização ideológica entre democratas cristãos e comunistas que dominou a política italiana no pós-guerra – é Berlusconi no poder. É algo como Rupert Murdoch vencer uma eleição na Grã-Bretanha: um movimento político gerenciado como empresa de publicidade e negócios. A Forza Itália de Berlusconi não é mais um partido político, mas sim – como o nome indica – uma espécie de torcida”. (Às portas da revolução", Boitempo, p. 332)
A eleição de políticos de “tipo Berlusconi” mostra outra fragilidade dessa idéia. Marcos Rolim desdobra bem essa fragilidade:
Muitos dos corruptos brasileiros possuem “ficha limpa” – especialmente os mais espertos, que não deixam rastros. Por outro lado, uma lei do tipo na África do Sul não teria permitido a eleição de Nelson Mandela, cuja “ficha suja” envolvia condenação por “terrorismo”. Várias lideranças sindicais brasileiras possuem condenações em segunda instância por “crimes” que envolveram participação em greves ou em lutas populares; devemos impedir que se candidatem?
Agora mesmo, cabe lembrar, no Rio Grande do Sul e em São Paulo lideranças sindicais estão sofrendo condenações por protestos realizados contra os governos dos respectivos estados. Já não estão mais com sua ficha limpa. Os governantes dos dois estados, ao contrário, acusados de envolvimento em esquemas de corrupção, de autoritarismo e de sucateamento dos serviços públicos seguem com a ficha limpíssima. É este o caminho? Uma aberração político-jurídica vai melhorar nossa democracia?

Marco Aurélio Weissheimer é editor-chefe da Carta Maior (correio eletrônico: gamarra@hotmail.com)

Lula em Teerã: Um outro mundo, mais do que possível, é necessário

Durante discurso por ocasião da abertura da XIV Cúpula do G-15, em Teerã (Irã), nesta segunda-feira (17), o presidente Lula enfatizou que “um outro mundo, mais do que possível, é necessário”.

Segundo o presidente, a G-15 – criado há mais de 20 anos – consistiu numa resposta “às transformações inauguradas com o fim do mundo bipolar”. Ele lembrou o fato do encontro estar acontecendo no Irã: “Aqui estão reunidos líderes de um grupo de nações unidas na sua diversidade, que escolheram o Irã – ponto de encontro de muitas civilizações – para dar continuidade a este importante diálogo”.

“Atravessamos juntos os anos difíceis de hegemonia do pensamento único. Éramos uma das poucas vozes dissonantes do projeto conservador defendido pelos seguidores do consenso de Washington. Nunca evitamos a defesa de um mundo mais democrático onde todas as vozes pudessem ser ouvidas. A crise em que está hoje mergulhada a economia mundial, sobretudo nos países desenvolvidos, mostra que nossos diagnósticos de anos atrás eram basicamente corretos.”

Lula disse que num passado recente, “começamos a ouvir vozes que afirmavam que outro mundo era possível”. E emendou: “Hoje temos claro que um outro mundo é necessário”.

Com isso, segundo ele, o G-7 deixou de ser o “centro de gravidade da nova governança econômica global”. “Hoje, o G-15 tem entre seus membros algumas das economias mais dinâmicas do mundo. Somos agora os principais motores do crescimento da economia internacional”, assegurou.

De acordo com o presidente, o grupo dos emergentes tem que ficar unido e atuar em conjunto. “Sempre que enfrentamos as crises divididos fomos derrotados. Sempre que estivemos unidos trilhamos o caminho da vitória. Foi assim na OMC [Organização Mundial do Comércio] com G-20 comercial e será assim no G-20 financeiro.”

Para o presidente, erradicar a fome e acabar com o subdesenvolvimento ainda são os principais desafios da humanidade no século 21. Por isso, conforme destacou, há necessidade de aprofundar a cooperação Sul-Sul e, em especial, na África. No continente africano, o Brasil tem ajudado na promoção da agricultura, fato que coloca o país numa posição de vanguarda.

“Podemos ajudar sem ingerência nos assuntos internos de outras nações. Cooperação, diálogo e solidariedade devem ser os pilares do G-15. No momento em que o mundo busca alternativas para um modelo esgotado podemos oferecer uma perspectiva renovadora”, disse.

Vitória da diplomacia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, em seu programa de rádio Café com o Presidente, que o acordo fechado entre Brasil, Irã e Turquia para troca de material nuclear foi uma “vitória da diplomacia”. Lula participou da negociação como o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, e o primeiro-ministro turco, Tayyip Erdogan, em Teerã.

O acordo prevê que o Irã envie à Turquia 1,2 mil quilos de urânio de baixo enriquecimento por urânio enriquecido a 20% para ser usado em pesquisas médicas. Pelo acordo, o urânio enriquecido será remetido no prazo de um ano. Nesse período, haverá supervisão de inspetores turcos e iranianos.

“Foi uma resposta de que é possível, com diálogo, a gente construir a paz, construir o desenvolvimento”, disse Lula.

O governo brasileiro acredita que o acordo criará confiança na comunidade internacional e pode evitar que o Irã seja submetido a sanções por causa de seu programa nuclear.

Lula disse que o Brasil sempre acreditou na possibilidade de acordo e que a negociação prova que é possível fazer política internacional baseada da confiança. “Há um milhão de razões para a gente ter argumento para construir a paz e não há nenhuma razão para a gente construir a guerra. O Brasil acreditou que era possível fazer o acordo. Mas o que é importante é que nós estabelecemos uma relação de confiança. E não é possível fazer política sem ter uma relação de confiança”, avaliou.

Lula deixou o Irã hoje (17) e seguiu para a Espanha, onde participará da Cúpula União Europeia-América Latina, e em seguida vai para Portugal.

domingo, 16 de maio de 2010

DILMA na frente 38% contra 35% do Serra.

Vox Populi mostra Dilma na frente com 38% e Serra com 35%


SÃO PAULO - A pré-candidata do PT à Presidência da República, a ex-ministra Dilma Rousseff, aparece pela primeira vez à frente do pré-candidato do PSDB, o ex-governador de São Paulo, José Serra, em pesquisa de intenção de votos do Instituto Vox Populi, divulgada neste sábado.

Na pesquisa estimulada, o levantamento traz a petista com 38% das intenções de voto, em empate técnico com Serra, que tem 35%. A margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais, para mais ou para menos. Dois mil eleitores, moradores de 117 cidades (nas cinco regiões brasileiras), foram ouvidos. No levantamento anterior feito pelo instituto, em abril, Serra tinha 34% das intenções de voto, contra 31% de Dilma. Num eventual segundo turno entre Dilma e Serra, os dois candidatos também estariam tecnicamente empatados. A petista teria 40% e o tucano 38%, dentro, portanto, da margem de erro.

A pesquisa espontânea - quando o eleitor abordado pelos pesquisadores diz em quem vai votar - também aponta a liderança da petista Dilma Rousseff. Ela aparece com 19% das intenções de voto, enquanto Serra tem 15%. Em janeiro, cada candidato obteve 9% das intenções de votos espontâneos. A pré-candidata do PV, senadora Marina Silva, consolidou-se na terceira posição da pesquisa estimulada. Subiu de 7% para 8%. As regiões onde Dilma Rousseff é mais lembrada são o Nordeste (44%) e o Norte (41%). Serra lidera no Sul (44%) e está tecnicamente empatado com a petista no Sudeste.

Fator Lula. O levantamento de votos espontâneos mostra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em terceiro lugar, com 10% das intenções de voto. Mesmo sem poder se candidatar, Lula é citado pelos eleitores, o que confirma sua popularidade. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 7 de maio, sob o número 11.266/2010. Os dois mil eleitores foram entrevistados entre os dias 8 e 13.

Um abraço
Ronaldo

quinta-feira, 13 de maio de 2010

SERRA É DENUNCIADO COMO CONTRAVENTOR POR CONSELHOS DE ECONOMIA

Candidato tucano à Presidência pode pegar até três meses de cadeia

Artigo do jornalista e membro do Instituto Histórico e Geográfico da Paraíba, Sitônio Pinto, publicado no jornal A União, de João Pessoa, abrigado no site do governo paraibano, informa o seguinte:

“O Conselho Federal de Economia nunca se manifestou sobre o pedido de interpelação judicial e o conseqüente enquadramento do candidato José Serra no Art. 47 do Dec. Lei. 3.688/41, feito pelo Conselho Regional de Economia da Paraíba e endossado pelos Conselhos Regionais do Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Piauí, Alagoas, Maranhão, Rondônia e Tocantins, e por dois membros do Conselho Federal de Economia. O pedido teve por motivo o uso indevido da qualificação de economista pelo candidato Serra, que não tem bacharelado em economia nem é registrado em qualquer Conselho Regional de nenhum estado brasileiro. O procedimento do candidato caracteriza falsidade ideológica e charlatanismo, em prejuízo dos que exercem legalmente a profissão.

O Corecon-PB fez a sua parte, denunciando a irregularidade e pedindo providências à entidade competente, – no caso o Conselho Federal de Economia, parte legítima para uma iniciativa jurídica, pois congrega todos os Corecons do Brasil, onde, hipoteticamente, Serra deveria estar inscrito como economista.

Por coincidência, logo após a denúncia do Corecon-PB, seu presidente, o economista Edivaldo Teixeira de Carvalho, teve sua residência invadida por três homens armados que lhe roubaram um automóvel e outros objetos de valor. A violência não parou aí. Telefonemas ameaçadores foram transmitidos à casa de Edivaldo, com a recomendação de que ele ficasse quieto. Sua casa foi rondada por automóveis em atitude suspeita.

É de estranhar também a omissão do Confea, entidade que reúne os Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura (Crea), que até agora não se manifestou sobre o uso do título de engenheiro pelo candidato José Serra. Nenhum dos Creas também se pronunciou sobre o assunto”.

O Decreto-Lei 3.688, de 3 de outubro de 1941, em vigor, trata das Contravenções Penais. Seu artigo 47, no Capítulo VI, trata do exercício ilegal de profissão ou atividade:

“Exercer profissão ou atividade econômica ou anunciar que a exerce, sem preencher as condições a que por lei está subordinado o seu exercício:

Pena – prisão simples, de 15 (quinze) dias a 3 (três) meses, ou multa”.

Abril: primeiro balanço da campanha eleitoral

 

Por Emir Sader
Segunda-feira, 3 de maio de 2010

Com a saída dos dois principais candidatos dos seus cargos e com as duas pré-candidaturas lançadas, praticamente começou a campanha eleitoral, nas condições em que ela existirá até seu resultado final, em outubro, daqui a 6 meses. Essas primeiras escaramuças permitem compreender as armas que cada lado pretende lançar, seus elementos de força e de debilidade.
As condições de fundo não variarão ao longo de toda a campanha: o sucesso do governo Lula, a popularidade deste e a comparação inquestionavelmente favorável ao governo do petista em comparação com o governo FHC. No entanto, se a candidatura da Dilma pretende jogar a fundo esta carta, já se vê como a candidatura Serra pretende neutralizar a desvantagem que sofre. Seu discurso no pré-lançamento aponta para a continuidade, mas não apenas com o governo Lula e sim com uma suposta continuidade de um processo longo, de 25 anos, desde o fim da ditadura. Poderia, assim, deslocar a comparação dos governos petista e tucano, sem se assumir como oposição. A habilidade deste discurso seria o de reivindicar, ao mesmo tempo, os governos FHC e Lula, buscando evitar suas contraposições.
O objetivo da candidatura opositora é assim deslocar a comparação dos dois governos para a das trajetórias dos dois candidatos, o que abre espaço para todo tipo de ataque a Dilma, que foi a tônica maior da ação opositora em abril. A imprensa e os dirigentes opositores se concentraram em descobrir “gafes” da Dilma, em difundir seu suposto caráter “autoritário”, assim como seu suposto “despreparo” para governar, seja por não ter sido candidata e governante antes, seja porque não conseguiria domar seja o PT, seja o PMDB. A atividade jornalística foi implacável, seja com afirmações reais da Dilma tiradas do contexto, seja forjando situações falsas.
A oposição marcou a pressão a candidatura da Dilma marcando sua saída de bola, e permitindo aparecer fraquezas – seja reais, seja dadas pela brutal desproporção dos meios de imprensa com que contam os dois blocos. O que revela as terríveis consequências para uma disputa equitativa e democrática do monopólio privado dos meios de comunicação, assim como o fracasso da política governamental de comunicação. No seu oitavo ano, com pelo menos cinco anos de sucesso total do governo, este não conta com meios próprios para se comunicar com a população, deixando a candidatura da Dilma na dependência do que a mídia privada decidir.
Dois elementos novos surgiram nesta frente no mês de abril. O primeiro, a decisão dos órgãos da mídia privada de simplesmente não noticiar a pesquisa da Vox Populi, que contrariava o surpreendente resultado daquela realizada pelo Datafolha – organicamente vinculado à candidatura tucana -, preparatória para um clima mais favorável ao lançamento da candidatura Serra. É um patamar superior de manipulação, de mentira, de desinformação. A FSP fez a crítica da forma da Vox Populi formular questões da pesquisa, no dia anterior, deixando entrever que havia uma pesquisa em andamento, para depois impor a mentira do silêncio, no que foi acompanhada, de forma orquestrada, pelos outros órgãos da imprensa privada, confirmando que há uma estratégia de conjunto, articulada, por parte dos órgãos opositores na campanha eleitoral.
A outra novidade foi a assunção, por parte de uma executiva da FSP, de que, “diante da fraqueza da oposição”, a mídia assumia o papel de partido opositor. Uma revelação só surpreendente por aceitar o que a esquerda tem denunciado há tempos: a mídia privada tornou-se o verdadeiro partido opositor, aqui e nos outros países da América Latina. As conseqüências da confissão – ou da gafe, em um momento de sinceridade -, são muito graves para a declinante credibilidade dessa imprensa, que tentava ainda preservar certo nível de objetividade jornalística, com dificuldades cada vez maiores, conforme foram totalmente abolidas as fronteiras entre os editoriais e o noticiário, com a total identificação entre um e outro, com os colunistas funcionando como ventríloquos que papagueiam o que a direção do jornal diz. Além de que deixa de haver qualquer ingenuidade por parte dos empregados dessas empresas, que deixam de ser jornalistas “profissionais”, para serem simplesmente militantes dos partidos da mídia privada.
Essas condições balizaram a campanha em abril, mês em que a oposição retomou a iniciativa, depois de ela estar plenamente em mãos do governo até ali, com o discurso e a ação do Lula e da Dilma dando a tônica da campanha.
Descontando os graus de manipulação das pesquisas, fica claro que houve uma clara transferência de votos de Lula para a Dilma, o que levou ao virtual empate técnico atual. A margem de vantagem para Dilma está na proporção significativa de eleitores que se dizem dispostos a votar pelo candidato de Lula, mas que ainda manifestam preferência por Serra, ao lado de uma margem ainda grande de gente que não conhece Dilma. Esta é a disputa de fundo, que faz com que Lula tenha um papel essencial e que Serra trate de passar como uma continuidade do governo, para tentar segurar essas preferências.
Por outro lado, parece que a brutal campanha para forjar formas de rejeição da Dilma pode ter gerado o fim do seu crescimento exponencial. O lançamento da candidatura do Serra e a promoção aberta da sua candidatura pela mídia monopolista certamente também o ajudam.
O certo é que a iniciativa foi retomada pela oposição em abril, revelando fraquezas na organização e na orientação da campanha da Dilma, quando começa a surgir como candidata e não mais como ministra. Para isso contribuiu decisivamente o alinhamento partidário da mídia privada, um dado de realidade, que seguirá presente ao longo de toda a campanha.
A projeção para maio vai depender da capacidade da candidatura do campo popular recolocar o tema das diferenças: diferenças entre os governos FHC e Lula, diferenças do governo Lula e e do governo Serra em SP, diferenças de plataformas. Em suma, desconstruir, pela agenda positiva de propostas o discurso serrista da continuidade e da diluição das diferenças. Para isso contarão com os programas televisivos, com as intervenções de Lula e da própria Dilma, contra a reiterada campanha de difamação da oposição, valendo-se do controle monopolista da mídia. Nesse enfrentamento, o fortalecimento das redes alternativas de difusão terá um papel determinante.

EMIR SADER É CANDIDATO À SUPLÊNCIA DO SENADO


A candidatura de Emir Sader à primeira suplência do senado vai ser apresentada hoje à direção do PT-RJ

O escritor, sociólogo e cientista político Emir Sader vai formalizar hoje a sua pré-candidatura à primeira suplência do partido ao senado, cujo candidato titular indicado pelo PT do Estado do Rio é Lindberg Farias, ex-prefeito de Nova Iguaçu

A informação que há uma semana circulava nos bastidores do partido se tornou fato político, a partir de ontem quando Sader comunicou por e-mail a sua intenção ao secretário estadual de organização do PT-RJ, deputado estadual Gilberto Palmares. Hoje, um emissário irá a sede do partido para encaminhar a inscrição do seu nome. Emir Sader viajou para a Espanha, por isso não irá pessoalmente.

O nome de Sader agrega o apoio de lideranças de diferentes correntes do partido em nível estadual e nacional e conta com a simpatia de Lindberg Farias e de Dilma Rousseff, de quem o intelectual é amigo desde a década de sessenta. Ele é lembrado como um dos raros intelectuais que se posicionaram em defesa do partido, quando este foi alvo de duros ataques da mídia e da oposição tucano-demonista, a partir do ano de 2005, e um ferrenho defensor do governo Lula e da candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República.

Emir Sader é professor aposentado da Universidade de São Paulo (USP), onde se formou, fez mestrado em Filosofia Política e doutorado em Ciência Política, foi professor de política na Universidade de Campinas (Unicamp) e coordenador do Laboratório Políticas Públicas, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Autor de vários livros e artigos, atualmente é articulista político do Site da Agência Carta Maior e secretário executivo do CLACSO – Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais.

Até o momento pleiteiam a suplência o ex-prefeito de Niterói, Godofredo Pinto, e o militante do PT de Campos (RJ) e sindicalista, Hélio Anomal. A alternativa da escolha de um nome fora do partido para a vaga, segundo fonte da executiva estadual do partido, está descartada.

Segue a carta enviada para a direção estadual do PT-RJ:

“Estimados companheiros da Direção Estadual do PT

Consultado sobre a possibilidade de que venha a ser candidato a suplente de senador pelo Rio de Janeiro, depois de ponderar vários aspectos e fazer várias consultas, me decidi a colocar meu nome à disposição do PT, caso vocês julguem que deve corresponder ao nosso partido indicar um nome para esse cargo e caso a eventual indicação do meu nome some, gere consenso, ajude a unificar o partido e não a gerar novas divisões.

Estou participando da campanha da Dilma, seja por estar a favor da indicação do nome dela para a sucessão do Lula, seja pelos laços de confiança e companheirismo que temos desde os anos 60. Estou fazendo lançamentos com debate do livro “Brasil, entre o passado e o futuro”, que organizei com o Marco Aurélio Garcia, já pude participar de 30 deles, espero continuar fazendo.

Creio que isso não se chocará com as condições da campanha aqui, caso eu venha a ser indicado.

De qualquer forma, nos marcos das minhas possibilidades, contem comigo, seja ou não indicado para a candidatura a suplente de senador pelo PT.

Um abraço.

Emir Sader”

Flávio Loureiro, jornalista

terça-feira, 11 de maio de 2010

A manchete símbolo da manipulação midiática da semana vai para a Folha

A seguir artigo do site Carta Maior sobre a manchete da Folha de São Paulo que trata da orientação do Governo Federal aos casais portadores de HIV que pretendem ter filhos.

“Petizes da Folha ruminam insonia e sudoriase noturna; algo os inquieta nas noites maldormidas, quando a realidade bate pesado e não há Datafolha, nem ‘yes men’ que sancione aquilo que as manchetes antecipam com ansiosa disciplina diária: a vitória demotucana em outubro. Há fendas insondáveis entre o Brasil esfericamente maniqueísta estampado no órgão de circulação interna do clube tucano e a realidade além-Higienópolis. Frêmitos nervosos conectam a suspeita ao medo e este ao cinismo; a vergonha se esconde num canto qualquer da gaveta ao lado do manual de redação, nasce a manchete símbolo da manipulação midiática da semana: ‘ Governo quer estimular portador de HIV a ter filho’ (04-05). Não, Lula não pretende criar uma bomba demográfica de HIV no coração da América Latina; não é tão fácil assim como os petizes sugerem diariamente aos leitores do clube.O governo, na verdade, apenas orienta casais portadores de vírus, que pretendam ter filhos, e não têm acesso a clínicas de reprodução, a fazê-lo com maior segurança e responsabilidade. É o oposto do que sugere a novilíngua criada pelo veículo da família Frias que apenas jogou mais um pedaço de carne podre para alimentar o ódio da classe média semi-culta e semi-informada que o jornal metaboliza diariamente. Os petizes das Barão de Limeira sabem disso; o texto do Ministério da Saúde é irretocável. Mas a sudoriase noturna incomoda. Não há desodorante para o medo da derrota que pode estar oculta por trás dos números, digamos, excessivamente confortáveis do Datafolha, bem como da coerência irretocável impressa diariamente no noticioso do ‘clube’. Tudo pode ser apenas uma rastejante fraude histórica. Como a manchete da edição de 04-05. Aguardemos os comentários da nova ombudsman do jornal, Suzana Singer”

( Folha, uma credibilidade em ruína; Carta Maior , 08-05)