Por Expedito Solaney
Inicio este texto de homenagem e parabéns à Central Única dos Trabalhadores pela passagem de seus 27 anos de lutas e conquistas, citando parte do discurso do companheiro Presidente da Republica Luiz Inácio Lula da Silva no comício do Recife na ultima sexta-feira dia 27 de agosto de 2010 por ocasião da campanha eleitoral 2010.
Dizia o companheiro que: “…quem ajudou a fundar uma central sindical com a importância e a história da CUT para os/as trabalhadores/as do Brasil; quem ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores, não podia jamais errar no comando de um país que tinha e tem todas as condições de garantir cidadania, emprego, saúde e educação aos seus filhos. Que ao concluir seu segundo mandato como Presidente do Brasil no final desse ano, tem a consciência tranqüila do dever cumprido…”
Vamos à luta companheiro! A CUT é protagonista desse êxito porque sua direção soube pautar o governo Lula de forma consequente, com objetivo, com estratégia. Nunca abriu mão de sua independência, fez marchas a Brasília, jornadas de lutas, greves. Criticamos radicalmente a política de juros altos e o lucro dos banqueiros. O Brasil melhorou, mas os indicadores sociais ainda apontam muita desigualdade. Oito anos é pouco, por isso apoiamos a Dilma para o Brasil seguir mudando.
Há 27 anos, entre os dias 26 a 28 de agosto de 1983, acontecia em São Bernardo do Campo o 1º Congresso Nacional da Classe Trabalhadora (convocado pelo setor combativo da comissão pró-CUT criada em 1981 na 1ª conferencia nacional da classe trabalhadora). No último dia do congresso, dia 28 de agosto de 1983, nascia a Central Única dos Trabalhadores pelo vigor e necessidade da classe trabalhadora. Com um programa que tem como princípio a independência de classe, a democracia operária e a luta pelo socialismo. Um congresso de fundação que aprovou uma pauta de luta que ia além das questões sindicais, como: o combate às políticas econômica e salarial do governo, a luta contra o desemprego, a defesa da liberdade e autonomia sindical, o fim das intervenções nos sindicatos e, a luta pela reforma agrária. Os mais de cinco mil trabalhadores/as presentes, vindos do campo e da cidade dos quatro cantos desse país, exigiam o fim da Lei de Segurança Nacional e de Eleições Diretas para Presidente da República. Nesta data companheiros e companheiras, era plena ditadura militar.
A construção desta ferramenta foi coletiva, com alicerces muito firmes e consistentes ideologicamente. No dia 28 de agosto de 2010, 27 anos depois, a CUT é a 5ª maior central sindical do mundo, pautada na luta e combatividade, na autonomia e independência perante governos e patrões, com uma sólida democracia interna, onde tem lugar a pluralidade de pensamento das forças políticas que a compõe. Não conseguimos ser única como queríamos, tão pouco estamos satisfeitos com a banalização de criação de centrais sindicais, sem conjuntura nem necessidade da classe trabalhadora para tal. A última, o congresso de fundação sequer terminou porque os presentes discordaram do nome, outras por vontade e desejo individuais, outras por aparelhismo com vista ao dinheiro do imposto sindical, agora com o reconhecimento das centrais sindicais como parte da estrutura sindical oficial brasileira. Seguimos firmes chamando a unidade da classe trabalhadora em uma única organização, assim somos mais fortes para dar o enfrentamento necessário aos patrões e aos governos.
Esses 27 anos da CUT são comemorados com uma direção coesa em um ambiente de unidade interna e ação concreta. Cito algumas: Primeiro, a Comunicação da CUT está de parabéns, a competência, dedicação e engajamento da equipe da SECOM, com o novo projeto de comunicação, novas ferramentas como a TV e Rádio web, o novo portal Mundo do Trabalho está muito mais interativo e atrativo. A regularidade e periodicidade do jornal imprimiram um ritmo de comunicação entre a CUT nacional e os sindicatos de base através desse meio. Hoje, o jornal da CUT é ferramenta de formação e comunicação que faz parte de nossa ação cotidiana. O processo de implantação da acessibilidade na comunicação, a revista etc. Segundo, a divulgação e lançamento da campanha ‘CUT nas Ruas’ com a Plataforma da Classe Trabalhadora. Está ação política tem repercutido, sido de fundamental para a divulgação da Plataforma que foi debatida e construída através de seminários regionais culminando com um documento que expressa o acúmulo desde as resoluções do 10º CONCUT sintetizados em três eixos que traduzem a necessidade da classe trabalhadora para o próximo período. Isso está dando uma dinâmica na ação política da central frente às eleições 2010. A Plataforma foi lançada em ato nacional no 1º de maio em São Paulo, entregue neste mesmo ato a candidata Dilma Russef. Também vem sendo lançada em entregue aos candidatos a governos estaduais nas cinco regiões do país. Terceiro, a campanha nacional em defesa dos direitos dos/as trabalhadores/as com deficiência em curso já lançada em vários estados. Quarto, a ação da política Internacional tem conferido a CUT um destaque em importantes eventos, congressos e conferências, além das lutas e solidariedade a classe trabalhadora internacional. Além das ações cotidianas, projetos e campanhas das demais secretarias.
Por fim, a reforma estatutária ocorrida no 10º Congresso dinamizou a direção executiva com novas secretarias, fusões e extinção de outras.
Estamos no caminho certo, a CUT é a locomotiva do movimento sindical brasileiro nasceu por necessidade da classe trabalhadora, pautou e pauta sua história na luta cotidiana da classe trabalhadora.
VIVA A CUT E SEUS 27 ANOS. VIVA A CLASSE TRABALHADORA!
Expedito Solaney é secretário nacional de Políticas Sociais da CUT – Secretário nacional de Políticas Sociais da CUT
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